segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Mordidelas a oriente (porque me apetece)


(inconsequentes palavras mal-dispostas, mal-compostas, literalmente)

Lembro-me de pedir-te junto à ponte.
Eras uma memória futurista sem idade.
Rasgavas sentidos a monte,
farias de mim humildade!
Pedi-te a quem me houve em verdade.

Naquela cidade a oriente, imaginei-te.
Fiz figas de puto sozinho.
E com ramelas de sono, sonhei-te.
Corri sobre barcos em rios de leite.
a sul de um errante caminho.

E perco-te só porque sim!
Porque em chamas todos me vêm,
sobre mim histórias se crêem.
veneram-me em lençóis de cetim.
Quais mentiras de tão pouco de mim.

Foda-se, afinal sou assim tão direito?
Porque me dizem ser rei,
que tudo o que faço é perfeito?
Que nada de errado farei?
Perfeito só num sentido, é que em verdade amarei!




Yelling done!







domingo, 7 de setembro de 2014

This I promisse you

Take time to realize how hard it is to find,
two wondering stars meeting randomly in the universe.
Regardless of their features, they connect.
Regardless of their fears, they explode.
That's how miracles happen,
That's how dreams are dreamt.




segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Estrelas, anjos e outras pinturas.



Hoje escrevo, não para pairar sobre coisas e outras cenas não ditas...ou ditas de formas menos claras e pintadas com pós de imaginação. Costumo usar um pincel tipo arco-iris (yes, I fucking love it) para descarregar fúrias e felicidades neste espaço. Mas hoje não. Hoje, digo-o de forma crua e descolorida. Nada a temer, porque acredito quase sempre no que aqui respiro...ou expiro, tanto faz.
Quando olho para cima, à noite e fora de casa, esqueço-me de contar as estrelas. É facto que aqui, na cidade, tal memória é apagada pela luz. Mas a verdade é que me esqueço que ali estão, tipo anjos que gozam com a nossa existência. No bom sentido, quero eu dizer...afinal, eles sabem mais um bocadinho, de tudo.
Ontem um amigo pintou de negro o seu perfil. Odeio quando o fazem... Não gosto de más notícias! Aquela cor amedronta-me o curto prazo, quando declarada assim, tão cruamente. Odeio preocupações mas preocupo-me. É um Amigo (como hábito, dizemos sempre que são poucos...os Amigos) que publicamente declara um luto, seja pelo que for.
Odeio curiosidades mórbidas e por isso tento estender a mão...não pela razão, mas pela tristeza...a do meu Amigo. E agrada-me saber que ele o sabe.
Há mais uma estrela no céu...pintada de fresco, ouvi dizer. Porque continuo na cidade e aqui a fé nas estrelas é dado adquirido, elas estão por lá.
Triste notícia a que pintou de negro o perfil do meu Amigo. Era seu Amigo e deixa família, pequena e grande. Sensações de impotência, incompreensão, majestosos ódios e palavrões, vale tudo. Nova injustiça para quem trabalha fora de casa, numa qualquer distância, por aí...aqui. Então olho para cima, já sem perguntas porque deixei de as fazer, literalmente.
Pinto apenas mais uma estrela...desta feita com asas. E acredito que ali fica.

...ao Amigo António.