quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Consciência



Tão longe, tão longe. Isto aqui é longe. Até de noite, meu amor, isto é tão longe.
Cada canto de esperança aperta o meu sentido de ser. Procuro migalhas de memórias e encontro pegadas de baratas. Perseguido pelos mosquitos, caminho por entre as areias das praias dos meus Verões.
Tão longe, pareces-me estar tão perto. Ou não, mas isso já não importa.
O céu aqui é diferente, azul...oh as lágrimas de crocodilos ao sol. Tudo é intenso e talvez verdadeiro. Aqui somos nós, nós...compreendes? Não há como contornar quem sou, porque nada mais importa, ser!
Os sons aqui são da tua voz sumida. Onde andas? O poço do mundo é maior que os mares abertos.
Que espíritos me consomem as ideias? Verdade! Aqui, neste canto, sou mesmo EU...e não percebo porque deixei de actuar. Tornam-se árvores antigas, os valores com que nasci. 
Oh meus amores, pelo mundo caminho e aqui me encontro. Dêem-me a mão porque daqui vos carrego. De cima deste monte de pernas para o ar. Afinal...não me perdi.



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