Da minha janela vejo a cidade e recordo porque parei. Tirei tempo para mim e evolui. Gosto! Absorvo novas sensações quando a mim dedico esse precioso bem, o tempo. Aprendi a ter coragem! Sim, ainda mais…
Corri um pedaço de tempo e pensei, isto sim, é ouvir. Prestei atenção ao DJ que faz girar o disco deste tempo por cá. Aproveitei o tempo para me deixar cair num passadiço, desses corridos em frente ao mar, onde a madeira corrompida pelo tempo jaz inerte sob o olhar desatento dos que passam.
Falei com quem não me conhecia e agora me quer. Uma voraz vontade de ser amado percorreu todos os poros de quem, há muito, perdeu a vontade de partilhar. Olhei para a lua quando o sol se escondeu de mim e vi um céu repleto de possibilidades.
Tinha perdido toda a minha crença, vês? Tudo à minha volta estava em pausa. Aprendeste o meu nome e usa-lo sem reservas. Isso…fez cair tantos muros.
Decidi partir do canto escondido onde as paredes me protegiam da liberdade de pertencer a alguém. E para isso dei-me tempo. Interrompi a caminhada e o universo mudou. E com isto aproveitei o tempo, qual intervalo para o recreio dos que crescem a passadas largas.
Vi-me numa feira onde os carrosséis cheios de sorrisos me alertaram para a existência de um mundo partilhado. E aí andavas tu!
Tatuei nomes de quem importa na pele suada após uma corrida de mil quilómetros. De olhos bem abertos tomei decisões! Cantei em público e senti o poder do tempo.
E porque o tempo só faz tardar a vinda do próximo tempo, aqui estou, pronto a dar tempo a quem comigo quer partilhá-lo.
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