quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
terça-feira, 8 de fevereiro de 2011
Olho para ti e vejo-te
Não suporto ver-te sofrer! É algo que me incomoda. Desculpa, sou assim!
Fazes parte de um pouco de mim e quando perdes uma lágrima quem a apanha sou eu. Não gosto!
Observas o mundo à tua volta e vês bondade, ainda que pouca, mesmo quando destróis tudo em teu redor. Revoltas-te com os que te enganam e, ainda assim, acreditas! És peça de um puzzle distinto que prova a existência de corações puros.
Recordo ver-te corar ao contar histórias sobre a minha história. Nesse momento admirei a profunda beleza de quem não vive imune à felicidade dos demais. Vi-te acarinhar com pensamentos as minhas emoções, tornas-te-as tuas! Não me esquecerei.
Com profunda atenção vi-te perder o chão quando indaguei o teu olhar. Distraída, deixavas-te levar por memórias recentes enquanto eu discursava. Chamei-te e em mim fixaste o olhar, antes de deslizares da cadeira e te aperceberes que em ti caíam olhares de quem te admira.
A ternura dos teus movimentos faz de ti uma pétala de flores caídas. E assim perseguem-te os ventos de quem não te vê.
Contas-me histórias de quem te fez mal, de quem Faz mal. Sentes-te traída e insistes em cair, para que de novo te possas levantar, erguer. Concentras-te no teu mundo e és invadida por pensamentos fáceis, de quem sofre há muito e, assim sendo, sofrerá. Não! Não podes! És diamante de sangue e mereces parar de sangrar!
Dizes-me que um dia serás feliz... Felicidade pura, infantil, desligada do mundo. Mas a cada degrau aceitas que te deixem cair. Passou a fazer parte de ti, aceitas a desilusão.
Sabes que não fui sempre feliz..o meu mundo também desabou. Vi-me sozinho enquanto tudo o resto caía. O teu olhar reconhece as raízes de quem pisou a lava mais incandescente do vulcão. Aqueles que sobre ela caminharam têm marcas que nem o tempo transporta. Mesmo assim combates a felicidade...travas uma luta desigual com o que designas ser destino.
Sim, eu sei!
Mas o duro pavimento quebrará e o gelo de uma existência trepidante depressa será aquecido pelo sol! Foste feita para sorrir, ainda que não o saibas. És fonte do meu contentamento e fosse eu rei dos quatro ventos, o Universo seria teu!
Tivesse eu não mais que o tempo, gastá-lo-ia todo contigo...
Fazes parte de um pouco de mim e quando perdes uma lágrima quem a apanha sou eu. Não gosto!
Observas o mundo à tua volta e vês bondade, ainda que pouca, mesmo quando destróis tudo em teu redor. Revoltas-te com os que te enganam e, ainda assim, acreditas! És peça de um puzzle distinto que prova a existência de corações puros.
Recordo ver-te corar ao contar histórias sobre a minha história. Nesse momento admirei a profunda beleza de quem não vive imune à felicidade dos demais. Vi-te acarinhar com pensamentos as minhas emoções, tornas-te-as tuas! Não me esquecerei.
Com profunda atenção vi-te perder o chão quando indaguei o teu olhar. Distraída, deixavas-te levar por memórias recentes enquanto eu discursava. Chamei-te e em mim fixaste o olhar, antes de deslizares da cadeira e te aperceberes que em ti caíam olhares de quem te admira.
A ternura dos teus movimentos faz de ti uma pétala de flores caídas. E assim perseguem-te os ventos de quem não te vê.
Contas-me histórias de quem te fez mal, de quem Faz mal. Sentes-te traída e insistes em cair, para que de novo te possas levantar, erguer. Concentras-te no teu mundo e és invadida por pensamentos fáceis, de quem sofre há muito e, assim sendo, sofrerá. Não! Não podes! És diamante de sangue e mereces parar de sangrar!
Dizes-me que um dia serás feliz... Felicidade pura, infantil, desligada do mundo. Mas a cada degrau aceitas que te deixem cair. Passou a fazer parte de ti, aceitas a desilusão.
Sabes que não fui sempre feliz..o meu mundo também desabou. Vi-me sozinho enquanto tudo o resto caía. O teu olhar reconhece as raízes de quem pisou a lava mais incandescente do vulcão. Aqueles que sobre ela caminharam têm marcas que nem o tempo transporta. Mesmo assim combates a felicidade...travas uma luta desigual com o que designas ser destino.
Sim, eu sei!
Mas o duro pavimento quebrará e o gelo de uma existência trepidante depressa será aquecido pelo sol! Foste feita para sorrir, ainda que não o saibas. És fonte do meu contentamento e fosse eu rei dos quatro ventos, o Universo seria teu!
Tivesse eu não mais que o tempo, gastá-lo-ia todo contigo...
terça-feira, 1 de fevereiro de 2011
Porque foi que tudo mudou?
O sol nasceu pouco depois das 5h30. Estava um mar calmo, liso, onde uma surf board jamais se aventuraria. O cinza claro da ondulação dava agora lugar a um azul bebé incandescente. Era verão e o calor projectava os primeiros raios de sol com uma intensidade difícil de acompanhar pelo olho nu. Ahh, pensei, nada como o final de (mais) uma noite gloriosa, nas praias onde o sol nasce e não se põe. Sinal de férias, sinal de aventuras sem sentido, sinal de liberdade.
O dia começou bem. Um duche rápido para sacudir o gloss deixado pela companhia agradável de poucas horas antes e para refrescar. O Verão estava quente e as toalhas tornavam-se desnecessárias. O bafo das manhãs chegava para acabar com as pequenas gotas que teimavam em deslizar pela pele já morena.
Corri para tomar o eterno capuccino na esplanada, à volta da qual jaziam ainda vestígios de um serão quente, onde os copos de plástico cheios de cerveja se tornavam pequenas pausas entre uma e outra pinga de suor. A pouca cafeína servia para me manter alerta enquanto caminhava lentamente em direcção ao ponto de encontro.
Tinha estacionado o carro perto da praia, junto aos dos outros, com a certeza de que nele entraria antes do almoço e nele assaria, qual forno a lenha. Mas esse pensamento estava longe...bendito AC.
Cheguei ensonado à praia, sem notar que a temperatura da areia fazia saltar os mais distraídos. Não estava só. Os companheiros de guerras nocturnas ali permaneciam, deleitados em toalhas coloridas, imóveis, como se de lagartos do deserto se tratassem. Giraram a cabeça ao ver-me chegar e com um leve aceno davam sinal de vida.
As televisões locais haviam advertido que o sol nesse ano estava quente...muito quente. Oh, dizem-no sempre, alarmistas inveterados, pensei. E assim deleitei-me na toalha vermelha, a única que se encontrava vazia, e juntei-me ao ócio dos restantes heróis da noite. Então dormi...
Os almoços naquela zona do planeta são, por princípio, "frescos". Uma salada bem temperada, massa com molho de tomate, um cogumelo aqui e ali. Delicio-me com os cozinhados da senhora que pacientemente me faz perguntas sobre os comportamentos menos dignos e barulhentos de 12 horas antes. Não respondo...não me lembro.
A tarde seria passada na praia seguinte, era costume. Uma passagem pelas brasas, um mergulho de 30 minutos até aos restos de um avião submerso, um jogo de voleibol, uma corrida na areia e, correndo bem, uma conquista aqui, outra ali. Está calor! Sou livre, mas do calor não me livro!
O duche do final da tarde foi precedido por uma pausa para refrescar. Corpos cheios de areia sentados em cadeiras de plástico ainda com os calções e biquínis húmidos pelo último banho do dia. Uma cerveja, uma cola ou até um gelado, tudo vale! Procurava-se organizar a "tainada" para o jantar.
O sol pôs-se na montanha, sem nos darmos conta. Chegava a noite e com ela as certezas de um dia bem passado...literalmente.
Novas aventuras aproximavam-se. O cansaço, esse, era para os outros. Nada nos demovia de sermos os Reis, os Heróis e assim partíamos em busca da emoção de mais uma noite.
Agora olho em volta... Atravesso de carro a cidade. As pessoas, de caras tapadas apressam o passo para não chegarem atrasadas aos destinos. Está frio! O céu cinzento ameaça humedecer o asfalto! À minha volta há cimento, alto e armado. Cores e mais cores sem brilho. Estou de volta e aqui vivo. Sou livre, mas do frio não me livro!
Porque foi que tudo mudou?
O dia começou bem. Um duche rápido para sacudir o gloss deixado pela companhia agradável de poucas horas antes e para refrescar. O Verão estava quente e as toalhas tornavam-se desnecessárias. O bafo das manhãs chegava para acabar com as pequenas gotas que teimavam em deslizar pela pele já morena.
Corri para tomar o eterno capuccino na esplanada, à volta da qual jaziam ainda vestígios de um serão quente, onde os copos de plástico cheios de cerveja se tornavam pequenas pausas entre uma e outra pinga de suor. A pouca cafeína servia para me manter alerta enquanto caminhava lentamente em direcção ao ponto de encontro.
Tinha estacionado o carro perto da praia, junto aos dos outros, com a certeza de que nele entraria antes do almoço e nele assaria, qual forno a lenha. Mas esse pensamento estava longe...bendito AC.
Cheguei ensonado à praia, sem notar que a temperatura da areia fazia saltar os mais distraídos. Não estava só. Os companheiros de guerras nocturnas ali permaneciam, deleitados em toalhas coloridas, imóveis, como se de lagartos do deserto se tratassem. Giraram a cabeça ao ver-me chegar e com um leve aceno davam sinal de vida.
As televisões locais haviam advertido que o sol nesse ano estava quente...muito quente. Oh, dizem-no sempre, alarmistas inveterados, pensei. E assim deleitei-me na toalha vermelha, a única que se encontrava vazia, e juntei-me ao ócio dos restantes heróis da noite. Então dormi...
Os almoços naquela zona do planeta são, por princípio, "frescos". Uma salada bem temperada, massa com molho de tomate, um cogumelo aqui e ali. Delicio-me com os cozinhados da senhora que pacientemente me faz perguntas sobre os comportamentos menos dignos e barulhentos de 12 horas antes. Não respondo...não me lembro.
A tarde seria passada na praia seguinte, era costume. Uma passagem pelas brasas, um mergulho de 30 minutos até aos restos de um avião submerso, um jogo de voleibol, uma corrida na areia e, correndo bem, uma conquista aqui, outra ali. Está calor! Sou livre, mas do calor não me livro!
O duche do final da tarde foi precedido por uma pausa para refrescar. Corpos cheios de areia sentados em cadeiras de plástico ainda com os calções e biquínis húmidos pelo último banho do dia. Uma cerveja, uma cola ou até um gelado, tudo vale! Procurava-se organizar a "tainada" para o jantar.
O sol pôs-se na montanha, sem nos darmos conta. Chegava a noite e com ela as certezas de um dia bem passado...literalmente.
Novas aventuras aproximavam-se. O cansaço, esse, era para os outros. Nada nos demovia de sermos os Reis, os Heróis e assim partíamos em busca da emoção de mais uma noite.
Agora olho em volta... Atravesso de carro a cidade. As pessoas, de caras tapadas apressam o passo para não chegarem atrasadas aos destinos. Está frio! O céu cinzento ameaça humedecer o asfalto! À minha volta há cimento, alto e armado. Cores e mais cores sem brilho. Estou de volta e aqui vivo. Sou livre, mas do frio não me livro!
Porque foi que tudo mudou?
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