Olá Mundo, que te parecem as cores?
O dia está fraco, quase velhaco!
Morres poluído ou já morres de amores?
Sinto-te meio perdido, sinto-te as dores,
sinto-te triste, sinto-te opaco!
São estreitas as tuas dúvidas,
lentas as tuas cadências.
Desaires de amor ou parcas dívidas?
Tens as faces tão lívidas!
Talvez perdidas as tuas decências...
Encontra-me a estrada,
um caminho ou mesmo passagem.
Estou na terra do nada,
da existência mal amada,
onde me agarro (só) á tua mensagem.
Sabes, existe uma folha de árvore.
Aquela que me dá de beber,
numa bacia de mármore,
Tão bela esta folha de árvore,
que um dia me quis conhecer.
Muda de rumo ó Mundo deitado,
acaba com os ventos e tremores!
Dá-me o sol dos montes amados
e atira-me de olhos vendados
pr'á terra dos grandes amores.