sexta-feira, 24 de junho de 2011

Terra dos meus sonhos

Acredito! Sim, é verdade. Acredito no poder das pessoas, no querer fazer mais e melhor. Sou produto de uma humanidade em expansão, qual universo estelar...infinito.
Hoje vi-me no centro do mundo, do meu mundo, onde olho para cima e em linha recta subo. Vejo que tudo converge, tudo afunila e tudo daí parte. Que descontrolo controlado. Esta América perdida, esta terra de pecados simpáticos que me chama e me quer por cá...e a ela pertenço, apesar de lhe fugir. Mas volto, como filho pródigo de um casamento separado pelas águas de um oceano.
Vi-me no meio de tantos e tantas, que como eu sorriem e caminham de espirito levantado, erguido acima do medo do que vem. A sequência de eventos é real e nada nem ninguém a pode desviar. Somos resultado do que fizemos, do que nos fizeram e farão. Mas por ruas e avenidas numeradas prosseguimos e alcançamos metas, felizes ou infelizes...mas alcançamos-las. E aceitamos sorrir, apesar da dor...que nos tranforma e nos faz sonhar por mais.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Dá-me dois minutos

Dá-me dois minutos. Dá-me a o tempo de um sorriso, a queda de uma pétala, o piscar de uma pálpebra. Não te peço o mundo mas o que nele sentes. Olha o brilho das estrelas e atravessa os teus muros. Acredita nos sentimentos e apaga o que desperta os teus medos.
Olham-me com sorrisos atrevidos e tatuam-me seres estranhos. Não! Não sou o que dizem, o que aparento ser. Um olhar faminto que as olha sem limites. Uma pedra que rola sem parar ou um bocado de tinta nas carteiras de outras tantas. Sou mais, muito mais. Nada mais quero que o teu expirar...junto ao meu. Apenas a pétala que deitas ao chão quando caminhas no jardim.
Agora entendo porque fui infeliz, porque não entendia a expressão de quem para mim olhou.
Sou pedaço de tigre em corpo de lobo. Caminho lentamente em alcateias de apressados. Pensava que me vias com listas, mas de mim fugias com medo dos uivos. Pareço-te parte de um grupo de cães selvagens que derrotam aldeias de seres simples. Desculpa.
Recordo momentos de caça voraz entre parceiros de luta. Mas com eles corri sem pensar. Sou mais. Procuro selvas de ervas altas, palhas laranja com sementes negras para nelas me confundir. Não corro, nunca quis correr em grupos de feras selvagens...qual cena de pradarias ocidentais. Quero ficar bem longe! Para te mostrar do que sou capaz.
Afasta o pensamento do olhar penetrante. Não o vejas como águia que procura a presa. Vê antes mais fundo, um errante arrependido cujo destino termina em ti.
Ainda há quem não me entenda...que o não sejas tu! Dá-me dois minutos e deixar-te-ei entrar. Num mundo só meu...apenas teu. Dá-me uma chance de to provar. 
Quero levar-te bem longe. Para terras distantes onde encontrarás o teu tu. Quero deixar-te correr por vales inóspitos onde és rainha do universo...onde o mais pequeno ser te venera. Ao teu lado caminharei como quem defende um reino. Afastarei os audazes e dar-te-ei a mão. 
Se ainda assim tens medo...de mim, do que te posso trazer, de onde te posso levar...esquece-me por dois minutos e olha-me de novo. Então saberás.
Dá-me dois minutos...e em tão pouco tempo sorrirás eternamente. 

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Conta comigo

E a história assim canta, com tinta esborratada e papel amarfanhado. Dança comigo, ó destino imaculado. Faz-me sentir de novo o prazer de te enganar. E noutras lutas fui vencido...mas logo me ergui. Por te ver sorrir.
Sou sonho de umas, cavaleiro de outras. Bebo vidas sem me aperceber que delas vivo.
Acontece que espalho gargalhadas...desculpa, mas não deixarei de o fazer.
Olha para as avenidas da grande cidade e procura! É aí que vivo, caminho e danço ao som de buzinas atropeladas e paredes torcidas dignas de filmes de segunda. Queres ver-me, conhecer-me? Sei lá, ter-me até? Então deixa-me fugir. Perde-me! Deixa-me envolver em ruas empregnadas de gente fantasiada. Logo me encontrarás, se souberes como, se aprenderes a sorrir.
Veste uma t-shirt e umas jeans, um vestido curto ou uma túnica única. Não tentes florear as florestas ou jardinar as paisagens. Deixa-te levar por ti própria e verás que aí estou!
Agora? Não sou sobre ti. Não me descrevem a ti, nem junto a ti. Peças soltas de tantas histórias e por isso dizes...que tenho eu a oferecer-te? Tu? Nada!
O palco do mundo foi desenhado para nele andares e nele descreveres sentidos. Conta comigo para rires bem alto até ao fim dos tempos.