quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Obrigado...parece pouco.



Ontem fiz anos...acho eu. Foi o que me habituei a fazer...desde que me lembro. E já foram alguns! Costumo, em tom de brincadeira, dizer que já cá ando há muito...e já. Tenho vivido depressa e devagar, se calhar ao contrário, porque gosto de sentir tudo o que vejo e ver tudo o que sinto. Para mim o que é bom não passa depressa, leva tempo! E tudo isto agora é bom! Mesmo...
Obrigado!
Parece-me pouco, uma só palavra para vos dizer, a todas e todos, o que quero...obrigado...não chega.
Foi tão bom...ver, ler, ouvir...a família, a Jackie, as amigas, os amigos, as conhecidas e os conhecidos, as ex-namoradas e as que não, os mais chegados e as esquisitas, o motorista do autocarro e a senhora do leite...todos "apareceram" e gritaram nesse dia! O meu aniversário!
Em terras distantes da minha cantou-se! Ao luar ouviram-se gargalhadas de quem, de copo na mão, quis comer o bolo e beber o cristal...faltaram os morangos, a meu ver!
Amo-vos!
E por este caminho tão...tão...tão estranho a que chamo vida, vou-vos amando e odiando, porque vos quero perto! Mas sou eu que fujo, ou então levam-me! Apesar de tudo...sou tão feliz! Bolas!!!...tão feliz!




quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Consciência



Tão longe, tão longe. Isto aqui é longe. Até de noite, meu amor, isto é tão longe.
Cada canto de esperança aperta o meu sentido de ser. Procuro migalhas de memórias e encontro pegadas de baratas. Perseguido pelos mosquitos, caminho por entre as areias das praias dos meus Verões.
Tão longe, pareces-me estar tão perto. Ou não, mas isso já não importa.
O céu aqui é diferente, azul...oh as lágrimas de crocodilos ao sol. Tudo é intenso e talvez verdadeiro. Aqui somos nós, nós...compreendes? Não há como contornar quem sou, porque nada mais importa, ser!
Os sons aqui são da tua voz sumida. Onde andas? O poço do mundo é maior que os mares abertos.
Que espíritos me consomem as ideias? Verdade! Aqui, neste canto, sou mesmo EU...e não percebo porque deixei de actuar. Tornam-se árvores antigas, os valores com que nasci. 
Oh meus amores, pelo mundo caminho e aqui me encontro. Dêem-me a mão porque daqui vos carrego. De cima deste monte de pernas para o ar. Afinal...não me perdi.



segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Nada



Nestes últimos tempos aprendi que, afinal, não sei nada sobre nada.
Aprendi que o tempo nada tem a ver com a vida. Que o talento nos dá a liberdade de aprender...mesmo nada.
Somos...sim, somos. Nus ou vestidos...simplesmente somos. Por isso, nada.
Então penso que se não fiz, não disse, não beijei, não toquei, foi porque continuo sem entender...nada.
Querer é diferente de saber, não apenas uma frase simples, motivada por frases anteriores. É diferente!
Quero! Isso sei! ...mas o quê?
Pois! Uso-me para atingir olhares e sorrisos...oh, até porque isso me faz sorrir, também. Mas se soubesse, então, fá-lo-ia? Não sei...nada!
Tenho medo de não saber que sei. Só um pequeno segredo. Porque um dia quero escrever-te uma carta, quando souber, escrever e ler...o que afinal não sei. Desculpa. Mas tenho de saber! ...e não sei.