quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

de mãos no ar.

Hoje fui correr para o deserto! Enterrado na areia senti o coração falhar, qual esforço estoico do sonhador aprisionado. Senti o calor de uma alegria afagar o desespero e respondi-lhe com a saliva que me resta.
De novo abro os braços e fito as estrelas de cabeça tombada. Porque goza o mundo com elas? De unhas traçadas respondem-me assim...é assim.
O troca-tintas deixei de ser eu. Sim, a mais pura das verdades! Não vou ceifar sentimentos, muito menos acreditar que os mudo. Mas, agora...logo agora? Agora que sou feliz e (já) não me encantam as companhias perfeitas? Agora?
Acuso-me de nostalgias cegas ao fim do dia. No entanto, de manhã, são sorridentes artimanhas de um cérebro que recusa estagnar! Eis-me aí, ou aqui, tanto faz! Livre de especulações amaldiçoadas sobre mundos difíceis. Eu? ...não! ...e de cabeça inclinada sorrio ao choro que me atormenta a memória.
Adoro tocar sonhos realizados. Mas deles fujo, depois. Como vistos certinhos nos questionários dos palestrantes...já tá.
Hum, não gosto de não gostar. Mas prefiro amar loucamente.
O dia é longo. Tão longo. As estrelas do sono? Já nãos as vejo há muito. Foram-se com a premissa há tanto estabelecida...serei eu o exemplo?! ...mas não. O exemplo são os outros e as suas companheiras escalfadas de crias pela mão. Esses sim! Antigos guerreiros de espada em punho que gritavam: jamais! Jamais? E eu que os fitava incrédulo, certo dos meus prazeres. Eu sim! ...mas não.
A surpresa de cada esquina é já minha amiga. Já não a procuro, vem só até mim. Então deixei de tremer...
Ainda respiro conchas de pérolas opacas. Daquelas que se encontram nos mergulhos profundos. Adoro nadar...e mergulhar. Mas de olhos abertos! Fechados nunca mais...consciente dos raios de sol que iluminam o fundo.



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