quinta-feira, 17 de abril de 2014

Falam-me de ti


Tenho saudades tuas! Porra! E apertam-se-me as pálpebras num abanar da cabeça em tons de um não forçado. Saudades de sentir-me teu. De sentir que pertenço a uma terra, a um espaço ou àquelas tuas ruas de paralelos húmidos que brilham em noites de S. João. Saudades do teu casario, enquanto te mandas rio abaixo até ao Atlântico. Da tua chuva e nevoeiro. Do teu cinzento frio. Saudades de vestir um casaco quente, só para te enfrentar.

Eras o palco de tudo! ...foste, o palco de tudo. De Verões escaldantes e belas companhias.
De amizades eternas e outras correrias. Concertos de ares livres e cervejas pelos cantos. Vaidades às cores e invejas assassinas. Entre as tuas paredes chorei e dei gargalhadas sentidas, enquanto me tornava homem do mundo. Fizeste-me sentir fraco, velhaco...e também objecto de tantas cativas que me tinham cativo.
Amei-te, amei-as sem fim porque como tu, viram-se livres de mim. Mas entre os teus cantos cantei vitórias, saltei fogueiras e beijei princesas...do mais belo que há. Ensinaste-me os cheiros de cabelos lavados e de doces lábios...dos corpos de mel.
Conquistaste-me em pequeno. Gaiato da cidade alta, junto ao estádio azul, nasci no teu berço no topo da Camões. Era um domingo chuvoso, contam-me. Então aí fiquei.

Agrada-me saber que te pertenço, ainda que agora te fuja. Estás cada vez mais altivo. Escrevem-te em revistas e dão-te medalhas pelo que sempre foste...não é de agora. E ouço dizer que estás na moda! Fazem-me rir. Não te conhecem, porque sempre foste assim! Mas pensam-te diferente, mais arrojado...a moda é deles...(só) agora sabem o que é bom.

Não gosto de te recordar, porque me dá náuseas abruptas de uma ressaca mal curada. Tudo parece fusco, embriagado, ciumento.
Fizeste tudo para me perder...qual pai violento tipo Boy named Sue do Johnny Cash. Apresentaste-me o mundo e viraste-me as costas. ...e eu fui!




Agora bastam-me as estrelas, já não me contento com as pontes. Habituei-me a zarpar deste Porto da vida. Drogam-me as cidades novas, terras longínquas que me estendem sabores. Lugares infinitos e gentes estranhas que não me sabem falar. Estou agarrado a esta heroína que leva e faz voar. De ti fugi e fugirei, até que me desculpes a ingratidão...mas tenho o mundo nas mãos.



terça-feira, 8 de abril de 2014

Arriscar cada sonho!

 

 
Quem me conhece, quem partilha comigo minutos, horas, dias, sabe que adoro viajar. Sabe que sou produto das minhas experiências e delas falo com emoção. Sabe que procuro, acima de tudo, realizar sonhos! Construo-os, novos e velhos, à medida que passo por cada um e não paro até os atingir.
Já bati no fundo...mais que uma vez...mas, como tantos outros, levanto-me a cada impasse.
 
Perguntam-me porque faço férias sozinho, como consigo, se não me sinto perdido. Respondo que é nesses momentos que passo a conhecer-me como ninguém. E assim passo tempo comigo, sozinho, enquanto vivo experiências e momentos inesquecíveis! E ainda que calado, perdido num país onde ninguém me entende, consigo sentir toda a energia de cada lugar.
 
Tal como tantos outros, estou cá para ser feliz, para atingir cada sonho a que me proponho! Invisto em mim! Porque só assim serei bom, verdadeiro, essencial para os outros!
 
Sem medo! ...so assim cheguei onde já cheguei, fiz o que já fiz.
 
E para mim, o maior dos investimentos é o Amor! Esse não depende só de mim...Por isso não o uso levemente!
O segundo é Trabalhar! Por isso não tenho horários, nem exigências, nem fraquezas, entrego-me por completo!
O terceiro é Viajar! Por isso não perco oportunidades!
 
Isto sou eu! E tu, sabes quem és?
 
Dedico este vídeo a quem quer saber!




quarta-feira, 2 de abril de 2014

The Tree

 
 
There's a tree somewhere. A tree of excitements, of calm thoughts, a tree of parallel universes. A tree somewhere...where we can be quiet and explosive. A tree.
I remember sitting under it at some point. Remember lying on the grass. There were sounds and sents, colors and flames. The sun glazed upon me through its arms. I felt safe.
There's that tree somewhere. Where all shadows remain quiet and dance across my human self.
It grew where all dreams where made. It rose towards the horizon as a picture on my walls. I remember it.
I remember it being so tall, as I grew up, older.
I still remember its smell, of green, of greatness.
There's a tree somewhere...and I'll see it again. I'll sleep upon its shadows, once more.
I just 'got to remember it. I just 'got to find it again.