Mudam-se os tempos...pois!
As valsas deixaram de valer! Ok, para alguns mantêm-se. Dançar uma em NY frente à ópera não dá que falar...pelo contrário. Daí Joshua, o tolo, estar a deslocar-se...
Abrir a porta e deixá-la passar, ter o cuidado de ficar SEMPRE do lado de fora do passeio, isso, é para os tolos! Mas desculpem, Joshua dá um murro na mesa e, continua do lado desses!
Subir à frente nas escadas e descer da mesma forma. Ter o cuidado de sair das 4 rodas e abrir-lhe a porta...nem que chova!
Não vale a pena dizer que não é necessário, Joshua fá-lo...ainda que com isso perca. Cavalheiros há muitos...os tolos.
Perdição de Cavalheiro. Considerados aves raras, partilham de valores inabaláveis...os outros, aliás, as outras que desculpem. Não se trata de preciosismos, de pretensiosismos, ou outros ismos por adiante. Trata-se de algo perdido pelos tempos de evolução de calças descaídas! Sorry, Joshua não!
Cavalheiro e nada mais...é mais forte que ele, assim foi criado e assim será. Desculpem mas...quem "suportar" ser bem tratada...verá que compensa.
Uha!
sexta-feira, 25 de março de 2011
domingo, 20 de março de 2011
Vamos fingir...
Vamos fingir...
Que vivi parte de um filme, parte de um enceno frágil cujo fim anunciado derramou lágrimas na plateia. Fingir que a dor que me causaram, não foi mais que um aceno falso de uma outra personagem.
Vamos fingir que a traição, repetida, seguia apenas um guião escrito por quem, de verdade, sofreu. Que o céu não desmoronou e as estrelas ali estão.
Vamos fingir...
Que quem me jurou eternidade, num momento de dor profunda, de desalento, não me abandonou. Que isso, nada mais foi que um sonho...um pesadelo. Vamos fingir que apesar de cravado de balas, não fui atacado pela maldade de quem vive só por si. Vamos fingir... Que depois de tudo ter dado, nada mais me foi tirado. Que não me restou que não o espírito e, de repente, órfão do mundo fiquei.
Vamos fingir...
Que as promessas foram cumpridas, os beijos verdadeiros e as lutas com sentido. Vamos fingir! Que o amor que me ofereceram era eterno...incondicional.
Vamos fingir...
Que a vida não seguiu. Que o mar distante a ti não me levou, vizinha sem saber. Vamos fingir...que o calor do paraíso não me alertou para o teu olhar. Que as palavras trocadas, durante horas, durante noites, nada disseram e com o vento partiram. Que não sucumbi ao teu fervor. Vamos fingir! Que no presente morreram as memórias e com elas o sentimento...
Vamos fingir...
Que ainda aí estás! Que o teu coração ainda sente e a tua mão no vidro toca quando a minha se ergue. Vamos fingir que a coragem te deu forças, que combateste as incertezas e em mim depositaste a vontade! Que em mim acreditaste e não fugiste. Que a minha calma não te levou a duvidar.
Vamos fingir...
Que fiquei parte da tua margem e do teu caminho. E que devagar avançarei em direcção a ti... Vamos fingir! Que na praia, sentada, me aguardarás com o teu sorriso, qual sol nascente que ilumina o universo.
Vamos fingir...
Que os fortes em mim não depositaram as suas forças. Que a amizade dos verdadeiros cavaleiros e princesas a mim não se estendeu. Vamos fingir que o desespero da solidão me perseguiu e sozinho tive de caminhar. Que quem me viu, estendido no passeio, esfomeado de razões, não me agarrou e abraçou. Que nesta guerra não tive um exército que comigo batalhou e venceu!
Vamos fingir...
Que a vida não me sorriu e a certeza me abandonou. Que um novo mundo de mim escapou, cheio de cor, sonhos e amores.
Mas fingir! Só a fingir!
Porque mais, muito mais que um filme a vida foi! Porque apesar das lágrimas da plateia, que de pé me saudou, o fim não chegou. Porque a dor foi mais intensa que a morte. A traição foi real, repetida e repetida...repetida e repetida! Porque as estrelas partiram...até voltarem, um dia.
A fingir...
Porque o eterno juramento depressa terminou e o pesadelo foi real. A maldade perseguiu-me até tocar o espírito...com egoísmo, tanto... Porque tudo perdi e, desamparado, ali fiquei.
A fingir...
Porque as promessas se perderam e o beijos, esses, foram mentiras.
Só fingir...
Pois a vida para a frente partiu. E em terras distantes o vento soprou. Com leves contornos os teus olhos em mim se fixaram. Vamos só fingir...porque o tempo eternizou as palavras e o sentimento nunca, nunca, me abandonou!
A fingir...
Porque partiste demasiado cedo. A tua mão deixou de se erguer e as tuas forças deixaram de combater. Porque a minha calma te assustou...
A fingir...
Porque a praia está deserta. As ondas para trás me puxam e o mar quer-me para ele.
Só fingir...
Porque a força dos que lutam arrancou-me do chão! Conheci a amizade dos meus pares e sozinho nunca caminhei. Porque me abraçaram e comigo lutaram com exércitos de milhões!
A fingir...
Porque o mundo me sorriu! E a cor das certezas deu-me sonhos...e amores!
Vamos fingir...mas só fingir!
Porque daqui parti e aqui cheguei! Sou peça de um mundo melhor, muito melhor...porque nunca, nunca fingi!
Que vivi parte de um filme, parte de um enceno frágil cujo fim anunciado derramou lágrimas na plateia. Fingir que a dor que me causaram, não foi mais que um aceno falso de uma outra personagem.
Vamos fingir que a traição, repetida, seguia apenas um guião escrito por quem, de verdade, sofreu. Que o céu não desmoronou e as estrelas ali estão.
Vamos fingir...
Que quem me jurou eternidade, num momento de dor profunda, de desalento, não me abandonou. Que isso, nada mais foi que um sonho...um pesadelo. Vamos fingir que apesar de cravado de balas, não fui atacado pela maldade de quem vive só por si. Vamos fingir... Que depois de tudo ter dado, nada mais me foi tirado. Que não me restou que não o espírito e, de repente, órfão do mundo fiquei.
Vamos fingir...
Que as promessas foram cumpridas, os beijos verdadeiros e as lutas com sentido. Vamos fingir! Que o amor que me ofereceram era eterno...incondicional.
Vamos fingir...
Que a vida não seguiu. Que o mar distante a ti não me levou, vizinha sem saber. Vamos fingir...que o calor do paraíso não me alertou para o teu olhar. Que as palavras trocadas, durante horas, durante noites, nada disseram e com o vento partiram. Que não sucumbi ao teu fervor. Vamos fingir! Que no presente morreram as memórias e com elas o sentimento...
Vamos fingir...
Que ainda aí estás! Que o teu coração ainda sente e a tua mão no vidro toca quando a minha se ergue. Vamos fingir que a coragem te deu forças, que combateste as incertezas e em mim depositaste a vontade! Que em mim acreditaste e não fugiste. Que a minha calma não te levou a duvidar.
Vamos fingir...
Que fiquei parte da tua margem e do teu caminho. E que devagar avançarei em direcção a ti... Vamos fingir! Que na praia, sentada, me aguardarás com o teu sorriso, qual sol nascente que ilumina o universo.
Vamos fingir...
Que os fortes em mim não depositaram as suas forças. Que a amizade dos verdadeiros cavaleiros e princesas a mim não se estendeu. Vamos fingir que o desespero da solidão me perseguiu e sozinho tive de caminhar. Que quem me viu, estendido no passeio, esfomeado de razões, não me agarrou e abraçou. Que nesta guerra não tive um exército que comigo batalhou e venceu!
Vamos fingir...
Que a vida não me sorriu e a certeza me abandonou. Que um novo mundo de mim escapou, cheio de cor, sonhos e amores.
Mas fingir! Só a fingir!
Porque mais, muito mais que um filme a vida foi! Porque apesar das lágrimas da plateia, que de pé me saudou, o fim não chegou. Porque a dor foi mais intensa que a morte. A traição foi real, repetida e repetida...repetida e repetida! Porque as estrelas partiram...até voltarem, um dia.
A fingir...
Porque o eterno juramento depressa terminou e o pesadelo foi real. A maldade perseguiu-me até tocar o espírito...com egoísmo, tanto... Porque tudo perdi e, desamparado, ali fiquei.
A fingir...
Porque as promessas se perderam e o beijos, esses, foram mentiras.
Só fingir...
Pois a vida para a frente partiu. E em terras distantes o vento soprou. Com leves contornos os teus olhos em mim se fixaram. Vamos só fingir...porque o tempo eternizou as palavras e o sentimento nunca, nunca, me abandonou!
A fingir...
Porque partiste demasiado cedo. A tua mão deixou de se erguer e as tuas forças deixaram de combater. Porque a minha calma te assustou...
A fingir...
Porque a praia está deserta. As ondas para trás me puxam e o mar quer-me para ele.
Só fingir...
Porque a força dos que lutam arrancou-me do chão! Conheci a amizade dos meus pares e sozinho nunca caminhei. Porque me abraçaram e comigo lutaram com exércitos de milhões!
A fingir...
Porque o mundo me sorriu! E a cor das certezas deu-me sonhos...e amores!
Vamos fingir...mas só fingir!
Porque daqui parti e aqui cheguei! Sou peça de um mundo melhor, muito melhor...porque nunca, nunca fingi!
quarta-feira, 16 de março de 2011
Vidas "particulares"
As vidas diferem! Somos almas trabalhadas, com história, com histórias. Somos resultado de momentos particulares que nos alertam e nos moldam o pensamento. A nossa forma de estar, de ser, atravessa realidades únicas e muitas vezes incongruentes. Acima de tudo, tornamo-nos fortes ou fracos, alegres ou tristes, consoante o momento em que decidimos, ou não, actuar.
Planear acontecimentos não é para todos. Aqueles há que, apesar de não conhecerem o futuro, apetrecham-se das mais inocentes armas para combater as incertezas do caminho. Tornam-nas certezas! E, como tal, conseguem manter-se numa linha condutora traçada por eles mesmos. São felizes...há sua maneira. Planeiam, actuam e o resultado é o esperado. Apesar das vississitudes do presente, devagarinho, conseguem-no. E continuam.
Outros, incapazes de chegar a bom porto apesar dos planos de viagem, desprezam o sabor do destino. Observam os acontecimentos e são atirados borda fora do navio. Então deixam-se afogar...uma vez e outra. Mas vão indo. E a praia, se existir, há-de chegar.
Há ainda aqueles que desistem, porque não? Parasitar pelas avenidas tem mais, muito mais liberdade. Defendem-se da sociedade com recurso ao que os faz voar. Perdem valores, intenções e capacidades...mas respiram, até um dia.
Os que não traçam planos, os sonhadores, deixam que a surpresa tome conta. Às vezes bem, outras vezes mal, são surpreendidos por momentos de alegria...ou, desespero. Mas adaptam-se. Deixam-se estar e algum vento os há-de levar.
Sim, assim os vejo. Não gosto de me incluir em nenhum deles...sou todos.
Saboreio a insultentável leveza do particular.
Planeio chegar a bom porto, reuno as armas para a luta e aí vou eu. Sou atirado à água violentamente...mas quando abro os olhos estou noutra praia. Pronto para regressar à luta, olho em volta e então desisto! Desisto de lutar por esta mesma causa porque encontrei outra melhor, feita à minha medida, paradisíaca. Um amor vizinho numa terra distante, um bom emprego em época de crise, um amigo no deserto, um momento quente no meio do gelo.
Valerá a pena para aqueles como eu traçar planos? Sim, decididamente sim! Porque conscientemente aceito que à meta poderei não chegar. No decorrer da luta serei atirado ao ar, mas quando cair, olharei em volta e noutra batalha estarei. Com novas armas, com novos adversários, com novos cenários. E assim luto. Alcanço sonhos perdidos no tempo, sou levado pela vida e aceito-a, porque sempre, sempre, me traz aqui.
Queres vir comigo?
Planear acontecimentos não é para todos. Aqueles há que, apesar de não conhecerem o futuro, apetrecham-se das mais inocentes armas para combater as incertezas do caminho. Tornam-nas certezas! E, como tal, conseguem manter-se numa linha condutora traçada por eles mesmos. São felizes...há sua maneira. Planeiam, actuam e o resultado é o esperado. Apesar das vississitudes do presente, devagarinho, conseguem-no. E continuam.
Outros, incapazes de chegar a bom porto apesar dos planos de viagem, desprezam o sabor do destino. Observam os acontecimentos e são atirados borda fora do navio. Então deixam-se afogar...uma vez e outra. Mas vão indo. E a praia, se existir, há-de chegar.
Há ainda aqueles que desistem, porque não? Parasitar pelas avenidas tem mais, muito mais liberdade. Defendem-se da sociedade com recurso ao que os faz voar. Perdem valores, intenções e capacidades...mas respiram, até um dia.
Os que não traçam planos, os sonhadores, deixam que a surpresa tome conta. Às vezes bem, outras vezes mal, são surpreendidos por momentos de alegria...ou, desespero. Mas adaptam-se. Deixam-se estar e algum vento os há-de levar.
Sim, assim os vejo. Não gosto de me incluir em nenhum deles...sou todos.
Saboreio a insultentável leveza do particular.
Planeio chegar a bom porto, reuno as armas para a luta e aí vou eu. Sou atirado à água violentamente...mas quando abro os olhos estou noutra praia. Pronto para regressar à luta, olho em volta e então desisto! Desisto de lutar por esta mesma causa porque encontrei outra melhor, feita à minha medida, paradisíaca. Um amor vizinho numa terra distante, um bom emprego em época de crise, um amigo no deserto, um momento quente no meio do gelo.
Valerá a pena para aqueles como eu traçar planos? Sim, decididamente sim! Porque conscientemente aceito que à meta poderei não chegar. No decorrer da luta serei atirado ao ar, mas quando cair, olharei em volta e noutra batalha estarei. Com novas armas, com novos adversários, com novos cenários. E assim luto. Alcanço sonhos perdidos no tempo, sou levado pela vida e aceito-a, porque sempre, sempre, me traz aqui.
Queres vir comigo?
sábado, 12 de março de 2011
A simple message... NOT Original.
My, oh, my, you're so good looking!
Hold yourself together like a pair of bookends
But I've not tasted all you're cooking
Who are you when I'm not looking?
Do you pour a little something on the rocks?
Slide down the hallway in your socks...
When you undress, do you leave a path?
Then sink to your nose in a bubble bath!
I want to know...
Do you break things when you get mad?
Eat a box of chocolate cause you're feeling bad
Do you paint your toes cause you bite your nails?
And call up mama when all else fails...
Who are you when I'm not around?
When the door is locked and the shades are down
Do you listen to your music quietly
And when it feels just right are you thinking of me?...
I want to know
My, oh, my, you're so good looking
But who are you when I'm not looking?
Text: "Who are you when I'm not looking?" - de Blake Shelton
Hold yourself together like a pair of bookends
But I've not tasted all you're cooking
Who are you when I'm not looking?
Do you pour a little something on the rocks?
Slide down the hallway in your socks...
When you undress, do you leave a path?
Then sink to your nose in a bubble bath!
I want to know...
Do you break things when you get mad?
Eat a box of chocolate cause you're feeling bad
Do you paint your toes cause you bite your nails?
And call up mama when all else fails...
Who are you when I'm not around?
When the door is locked and the shades are down
Do you listen to your music quietly
And when it feels just right are you thinking of me?...
I want to know
My, oh, my, you're so good looking
But who are you when I'm not looking?
Text: "Who are you when I'm not looking?" - de Blake Shelton
Nada quero!
Quero falar de algo! Quero falar de mares, de estradas e de paredes. Do prazer que sinto quando acordo e me lembro que o céu não caiu. Quero falar-te dos sentimentos que atravessam os que amam. Das árvores que cantam quando o vento as abraça. Dos momentos felizes e do desespero dos que choram.
Quero sentir! O fogo das memórias dos infelizes. O despertar dos vivos e dos que nascem a cada segundo.
No alto de uma montanha quero ver o tempo passar. Quero aceitar a derrota e continuar a lutar. Quero acreditar!
Quero abraçar o sonho que me persegue e dizer-lhe que me deixe... Que atormente o levantar dos pássaros e com eles desapareça no horizonte. Quero partir para outro filme. Ser um raio de sol que não brilha. Uma asa partida ou um buraco sem fim. Quero!
Mas, grito! E não ouço o som que aguardo. Os mares não querem ser falados, as estradas não me ouvem e as paredes perderam os ouvidos! O céu que procuro está no chão...caiu. Os amantes deixaram de amar e as árvores perderam a voz. Os que choram são felizes e o desespero não tem momentos.
As memórias jazem na água de fogo apagado. Os vivos estão mortos e os que nascem não têm história.
No alto da montanha o tempo parou. A derrota foi de outros e por isso não tenho porque lutar. Acredito e por isso, nada posso desejar.
Não durmo e por isso não sonho. Os pássaros perderam as asas e deixaram de voar. O filme passou a série, sem princípio, meio ou fim. A lua despediu-se do sol. E mesmo o mais fundo dos buracos tem um fim.
Não ouço a voz que me faz vibrar e assim nada quero! Apenas um momento...que não é meu.
quarta-feira, 9 de março de 2011
Perder...é uma balança
O último par de óculos de sol que perdi simboliza o estado das coisas. Saí de casa de manhã para "dar uma mão" a quem dela precisava e como o sol raiava desde cedo, eis que deles faria uso. Uma volta de carro, um cumprimento acelerado e encontrava-me perante terceiros a resolver problemas de segundos. O primeiro, esse, fica para último. Fixei o pensamento na "mão" a dar e BUM, (des)fixei o olhar nos óculos. Perdi-os.
Perdi-os, perdi-te, continuo a perder-te! Engraçado é pensar no simples momento em que realmente fui possuidor. Agora, as imagens parecem-me desfocadas. Parecem parte de um qualquer sonho apressado antes do despertador rasgar a liberdade da inconsciência. Penso em duvidar... Sim! De facto penso em duvidar se algum dia estas imagens foram reais. Nelas beijava-te durante horas, nelas conduzia de óculos postos ao som de músicas cantadas por terceiros. Estranho! Agora quem as canta sou eu. No entanto, nessa altura ouvia-as contigo...hoje canto-as sem ti, canto-as de olhos bem fechados porque o sol me ofusca o horizonte.
Por mais que queira, por mais que procure raciocinar, perco-me em memórias soltas de momentos perfeitos. Oh sim! Perfeitos! Perfeitos! Não poderei nunca parar de o dizer... Perfeitos! Porque os sonhos comandam a vida.
Arde-me a pele com intensidade! Sou palco de milhões de minúsculas explosões de emoção. Agrido as paredes que me rodeiam porque cedo à tortura de recordar. Por apenas um momento de uma prolongada existência fui capaz de ser feliz! Porque ser feliz não é sinónimo de estar completo, de ser inteiro. Nunca me completaram, nem tu nem os óculos, nem elas nem ninguém! Completo já era, mas existe mais, muito mais que apenas eu.
Nasci com Ela mas cedo partiu... Procurei substituir a perda com a personificação da Mentira e até esta me deixou (vivi-a tempo demais, também, mea culpa). Depois? O tempo, a vida, o deslindar de abruptos momentos, levaram-me a ti...
Questiono a minha própria personagem sobre razões de viver. Razões de perder e ganhar. Porquê saborear o que depressa é engolido? Momento curtos, momentos de sonho, momentos! Porque cruzaste o meu caminho? Olho para tudo e para todos e valorizo a incongruência de te ter tido. Porquê? Para que a "nossa" existência passasse que nem uma fracção do bater de uma porta? E ainda assim..conto pelos dedos os dias que passámos abraçados. Uma hora reflectia a intensidade de um ano, qual espelho eterno, sem fim.
Construíste caminhos eternos que percorro cada dia, caminhos de granito estampados em jardins de lírios... Esforço-me por saltar de pedra em pedra e tropeço a cada pensamento. Perdi-te, mas porque salto?
Alcanço sonhos paralelos, sonhos necessários, sonhos que me agridem a passada. Por eles espero e por eles continuo a correr. Por ti nada faço, não posso, perdi-te! Um simples aceno e o dia seria perfeito.
Estendo os braços e sinto o fervor de uma existência voraz! Alcanço objectivos incomuns, sou senhor do meu tempo e dele disponho como ninguém! Grito ao ar que respiro e nele faço entoar a voz que tanto tempo fiz por ouvir. Atingi o mais intimo dos meus desejos de sempre. Seguem-me os meus valores e seguidores. Sou dono de outro ser e esta ama-me. Mas a ti, fonte de criação de puro amor, perdi-te! Acredita, perdi-te!
O som da guitarra acalma-me a alma e o bater dos pratos ensina-me a viver. De olhos abertos reajo ao bater das palmas de um público que não conheço, mas que me ouve e sorri. Um novo conceito de absorver sentimentos estende-se perante mim.
Perdi-os, perdi-te, continuo a perder-te! Engraçado é pensar no simples momento em que realmente fui possuidor. Agora, as imagens parecem-me desfocadas. Parecem parte de um qualquer sonho apressado antes do despertador rasgar a liberdade da inconsciência. Penso em duvidar... Sim! De facto penso em duvidar se algum dia estas imagens foram reais. Nelas beijava-te durante horas, nelas conduzia de óculos postos ao som de músicas cantadas por terceiros. Estranho! Agora quem as canta sou eu. No entanto, nessa altura ouvia-as contigo...hoje canto-as sem ti, canto-as de olhos bem fechados porque o sol me ofusca o horizonte.
Por mais que queira, por mais que procure raciocinar, perco-me em memórias soltas de momentos perfeitos. Oh sim! Perfeitos! Perfeitos! Não poderei nunca parar de o dizer... Perfeitos! Porque os sonhos comandam a vida.
Arde-me a pele com intensidade! Sou palco de milhões de minúsculas explosões de emoção. Agrido as paredes que me rodeiam porque cedo à tortura de recordar. Por apenas um momento de uma prolongada existência fui capaz de ser feliz! Porque ser feliz não é sinónimo de estar completo, de ser inteiro. Nunca me completaram, nem tu nem os óculos, nem elas nem ninguém! Completo já era, mas existe mais, muito mais que apenas eu.
Nasci com Ela mas cedo partiu... Procurei substituir a perda com a personificação da Mentira e até esta me deixou (vivi-a tempo demais, também, mea culpa). Depois? O tempo, a vida, o deslindar de abruptos momentos, levaram-me a ti...
Questiono a minha própria personagem sobre razões de viver. Razões de perder e ganhar. Porquê saborear o que depressa é engolido? Momento curtos, momentos de sonho, momentos! Porque cruzaste o meu caminho? Olho para tudo e para todos e valorizo a incongruência de te ter tido. Porquê? Para que a "nossa" existência passasse que nem uma fracção do bater de uma porta? E ainda assim..conto pelos dedos os dias que passámos abraçados. Uma hora reflectia a intensidade de um ano, qual espelho eterno, sem fim.
Construíste caminhos eternos que percorro cada dia, caminhos de granito estampados em jardins de lírios... Esforço-me por saltar de pedra em pedra e tropeço a cada pensamento. Perdi-te, mas porque salto?
Alcanço sonhos paralelos, sonhos necessários, sonhos que me agridem a passada. Por eles espero e por eles continuo a correr. Por ti nada faço, não posso, perdi-te! Um simples aceno e o dia seria perfeito.
Estendo os braços e sinto o fervor de uma existência voraz! Alcanço objectivos incomuns, sou senhor do meu tempo e dele disponho como ninguém! Grito ao ar que respiro e nele faço entoar a voz que tanto tempo fiz por ouvir. Atingi o mais intimo dos meus desejos de sempre. Seguem-me os meus valores e seguidores. Sou dono de outro ser e esta ama-me. Mas a ti, fonte de criação de puro amor, perdi-te! Acredita, perdi-te!
O som da guitarra acalma-me a alma e o bater dos pratos ensina-me a viver. De olhos abertos reajo ao bater das palmas de um público que não conheço, mas que me ouve e sorri. Um novo conceito de absorver sentimentos estende-se perante mim.
segunda-feira, 7 de março de 2011
Tempo partilhado
Da minha janela vejo a cidade e recordo porque parei. Tirei tempo para mim e evolui. Gosto! Absorvo novas sensações quando a mim dedico esse precioso bem, o tempo. Aprendi a ter coragem! Sim, ainda mais…
Corri um pedaço de tempo e pensei, isto sim, é ouvir. Prestei atenção ao DJ que faz girar o disco deste tempo por cá. Aproveitei o tempo para me deixar cair num passadiço, desses corridos em frente ao mar, onde a madeira corrompida pelo tempo jaz inerte sob o olhar desatento dos que passam.
Falei com quem não me conhecia e agora me quer. Uma voraz vontade de ser amado percorreu todos os poros de quem, há muito, perdeu a vontade de partilhar. Olhei para a lua quando o sol se escondeu de mim e vi um céu repleto de possibilidades.
Tinha perdido toda a minha crença, vês? Tudo à minha volta estava em pausa. Aprendeste o meu nome e usa-lo sem reservas. Isso…fez cair tantos muros.
Decidi partir do canto escondido onde as paredes me protegiam da liberdade de pertencer a alguém. E para isso dei-me tempo. Interrompi a caminhada e o universo mudou. E com isto aproveitei o tempo, qual intervalo para o recreio dos que crescem a passadas largas.
Vi-me numa feira onde os carrosséis cheios de sorrisos me alertaram para a existência de um mundo partilhado. E aí andavas tu!
Tatuei nomes de quem importa na pele suada após uma corrida de mil quilómetros. De olhos bem abertos tomei decisões! Cantei em público e senti o poder do tempo.
E porque o tempo só faz tardar a vinda do próximo tempo, aqui estou, pronto a dar tempo a quem comigo quer partilhá-lo.
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