A forma como falas ao meu nada
Porque sorris quando nao sei o que dizer? Divertes-te quando pareço ficar nervoso e pareces não perceber que não sei o que fazer. Mas sabes que estou tenso e ainda assim não te importas...porque finalmente, és especial.
Não gosto de voar de cabeça porque tenho dúvidas, muitas. E os teus olhos desviam a tensão de tudo isto...pareces saber o que penso. E sorris! Como se ser eu fosse para ti uma sobremesa doce que satisfaz os requintes dos teus sonhos....conversa fácil, simples, terna. És a surpresa do amanhecer!
Depois lanças palavras lógicas à minha alma e o sentido do medo perde a validade...qual efeito de choque que reduz a luz e abana o meu respirar. Afinal existes...
Farto de ter de ser lobo, decidi há muito parar de correr. Contra uma sociedade de velozes que de espada elevada espetam cordeiras sem porquês, contra um passado similar de conquistas inúteis e desvaneios perdidos, levanto a alma e digo CALMA...porque desejo ser perseguido e não perseguir...até ser apanhado na tua armadilha e então voar. Levar-te a voar...apenas aí....porque assim te quero!
Então discursas frases não feitas, sobre o mundo em que me vês...nos vês! Sabes do que falas e encontras modos engraçados de me surpreender. Falas do que só eu sei e, no entanto, deixas-me perplexo...porque o teu olhar ultrapassa os meu muros. As tuas palavras são carinhos que de chave na mão, encontram o meu caminho.
E não te importas que nada diga, nada faça....fazes tu por mim porque sabes que estou tímido, inseguro...e tenho medo. És perfeita e não me exiges a perfeição... e conquistas-me pelo modo como falas ao meu nada.
quinta-feira, 27 de outubro de 2011
quinta-feira, 6 de outubro de 2011
A sonhar...vivi apenas um dia! Ainda que a razão me escape.
O som ecoa mais alto, ao longo de pequenos passos sinto as vozes mais próximas. Gente que canta, grita e me querem dizer algo. Pelo caminho largo, escuro como breu, dou passos largos e sinto o coração ofegante que me pede para parar...parei. Olho em volta e agora apenas uma voz me canta. Quem és? Que língua falas? Nao te reconheço! Porque cantas para mim? Ou...não é para mim? Porque cantas?
Agora corro em pequenas pedras que me magoam os dedos dos pés...que ironia, a de correr por um (des)objectivo. Eis que me encontro numa sala enorme...qual palácio de contos de reis e rainhas. Olham-me com desdém, como se de um estranho viajante eu não passasse. Mas no centro está uma taça esbranquiçada. Será que a posso tocar? Está nas minhas mãos...e agora todos me sorriem, carrego um tesouro de um mundo maior. Passo a pertencer!
Com lágrimas nos olhos grito pela consciência, mas o som não ecoa, não me ouço. Estou a cair de uma varanda de fumo. Agora recordo...toquei-te os cabelos e por isso estou aqui. Num mundo perdido sem eira nem beira. Falta-me tudo pois nada compreendo. Foi assim tão grave vender-te aos meus ideais? Deixar-te levar pelo meu respirar? ...porque me gritam os demais? Cantam "Carmina Burana" como se de um concerto a vida não passasse. Fá-los parar! Agora suspiram-me ao ouvido...não, não os compreendo. Falam línguas distantes e ecoam instrumentos que me levam aos céus. Tocam trompetas como se o rei chegasse.
Mas sim, sim...agora relembro. És Linda...pedi-te um beijo e ao invés mostraste-me homens antigos que gritam mais alto que as nuvens...também eles aqui estiveram? Não! Apenas eu...agora sei. Porque a minha voz eu não ouço e as deles cantam melodias falsas.
Como se dança a tua valsa? É assim? Olha-me! Porque estou agora numa montanha de areia? Porque sinto o calor mais quente da minha existência? Desapareceram todos...mas tu não! Porquê? Olha...calaram-se.
Amar-te foi...um pequeno dia. Ao vento subi a cidade com a tua imagem no coração...e depois apareceste. Deixaste-os e ao meu lado ficaste. Agora sei porque ouço vozes...aqui. Porque num concerto ouvi o teu sorriso. E com o carinho de uma mãe preocupada desejaste-me boa viagem...juizinho. Desde aí não voltaste...
Enviaste-me para onde estou, num sono profundo, num sonho que corre e canta...onde não quero estar! Agora é uma sereia que canta...e este marinheiro reconhece o perigo. Mas para o fundo do mar irei, se entre a espada e a onda ficar. Sem ti tudo faz sentido, mas contigo o sentido faz-me acordar.
Vou serrar os olhos e esperar...quem sonha, quem sabe, quem quer...pelo suspiro doce e quente que outrora pensei querer. Ainda?
Agora corro em pequenas pedras que me magoam os dedos dos pés...que ironia, a de correr por um (des)objectivo. Eis que me encontro numa sala enorme...qual palácio de contos de reis e rainhas. Olham-me com desdém, como se de um estranho viajante eu não passasse. Mas no centro está uma taça esbranquiçada. Será que a posso tocar? Está nas minhas mãos...e agora todos me sorriem, carrego um tesouro de um mundo maior. Passo a pertencer!
Com lágrimas nos olhos grito pela consciência, mas o som não ecoa, não me ouço. Estou a cair de uma varanda de fumo. Agora recordo...toquei-te os cabelos e por isso estou aqui. Num mundo perdido sem eira nem beira. Falta-me tudo pois nada compreendo. Foi assim tão grave vender-te aos meus ideais? Deixar-te levar pelo meu respirar? ...porque me gritam os demais? Cantam "Carmina Burana" como se de um concerto a vida não passasse. Fá-los parar! Agora suspiram-me ao ouvido...não, não os compreendo. Falam línguas distantes e ecoam instrumentos que me levam aos céus. Tocam trompetas como se o rei chegasse.
Mas sim, sim...agora relembro. És Linda...pedi-te um beijo e ao invés mostraste-me homens antigos que gritam mais alto que as nuvens...também eles aqui estiveram? Não! Apenas eu...agora sei. Porque a minha voz eu não ouço e as deles cantam melodias falsas.
Como se dança a tua valsa? É assim? Olha-me! Porque estou agora numa montanha de areia? Porque sinto o calor mais quente da minha existência? Desapareceram todos...mas tu não! Porquê? Olha...calaram-se.
Amar-te foi...um pequeno dia. Ao vento subi a cidade com a tua imagem no coração...e depois apareceste. Deixaste-os e ao meu lado ficaste. Agora sei porque ouço vozes...aqui. Porque num concerto ouvi o teu sorriso. E com o carinho de uma mãe preocupada desejaste-me boa viagem...juizinho. Desde aí não voltaste...
Enviaste-me para onde estou, num sono profundo, num sonho que corre e canta...onde não quero estar! Agora é uma sereia que canta...e este marinheiro reconhece o perigo. Mas para o fundo do mar irei, se entre a espada e a onda ficar. Sem ti tudo faz sentido, mas contigo o sentido faz-me acordar.
Vou serrar os olhos e esperar...quem sonha, quem sabe, quem quer...pelo suspiro doce e quente que outrora pensei querer. Ainda?
quarta-feira, 5 de outubro de 2011
O Vale das Imperfeições
Não compreendo! O que querer e porquê? Olho em redor e personagens de filmes alternativos invadem o espaço próximo. Gente feia, gente banal, sem espírito! ...sou um deles, respiro ares poluídos de influências sociais que me condicionam olhares. De íris alerta, tocamos peles fumegadas...fustigadas pelas imperfeições de um todo sem valor!
Assim mesmo sorrimos, uns às outras e vice-versa...procuramos equivalências e incertezas. Não mais que insectos vagueamos na raridade...sem querer perder o que não temos.
Multipliquem-se os caminhos, torturem-se os pesadelos pois preferimos estar "in" que (in)ertes. Como se de um vale imperfeito nos valêcemos.
Ao som de um violino escrevem-se tristezas! Já ouviram? Como um zumbido que atesta a loucura de quem sabe voar.
E o público entoa cânticos de embalar...entristecer, renascer a acabar. Nesta terra, como no céu, abrimos as mãos à espera de mais! Mais tudo, de tudo, para tudo! Infinitos sem fim! Pois...sim, é isso. Destruam-se as antigas perfeições...deitemo-las ao rio! E com orgulho olhemos a corrente.
O Tempo! Esse? Qual? Ajudem-me...qual deles? Este vale é escarpado e pequenos percalços valem quedas intemporais! Um segundo é perfeito. Mas quantos perfeitos leva um minuto? Talvez o violino que grita de paixão compreenda...eu não!
A voz da imperfeição é real, mas dela fujo!
Sentamo-nos, então, no bege do colchão. Suportamos a alegria da imagem do dia.
E quando tudo parece escapar...voltamos a errar. Não compreendo!
Assim mesmo sorrimos, uns às outras e vice-versa...procuramos equivalências e incertezas. Não mais que insectos vagueamos na raridade...sem querer perder o que não temos.
Multipliquem-se os caminhos, torturem-se os pesadelos pois preferimos estar "in" que (in)ertes. Como se de um vale imperfeito nos valêcemos.
Ao som de um violino escrevem-se tristezas! Já ouviram? Como um zumbido que atesta a loucura de quem sabe voar.
E o público entoa cânticos de embalar...entristecer, renascer a acabar. Nesta terra, como no céu, abrimos as mãos à espera de mais! Mais tudo, de tudo, para tudo! Infinitos sem fim! Pois...sim, é isso. Destruam-se as antigas perfeições...deitemo-las ao rio! E com orgulho olhemos a corrente.
O Tempo! Esse? Qual? Ajudem-me...qual deles? Este vale é escarpado e pequenos percalços valem quedas intemporais! Um segundo é perfeito. Mas quantos perfeitos leva um minuto? Talvez o violino que grita de paixão compreenda...eu não!
A voz da imperfeição é real, mas dela fujo!
Sentamo-nos, então, no bege do colchão. Suportamos a alegria da imagem do dia.
E quando tudo parece escapar...voltamos a errar. Não compreendo!
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