quarta-feira, 5 de outubro de 2011

O Vale das Imperfeições

Não compreendo! O que querer e porquê? Olho em redor e personagens de filmes alternativos invadem o espaço próximo. Gente feia, gente banal, sem espírito! ...sou um deles, respiro ares poluídos de influências sociais que me condicionam olhares. De íris alerta, tocamos peles fumegadas...fustigadas pelas imperfeições de um todo sem valor!
Assim mesmo sorrimos, uns às outras e vice-versa...procuramos equivalências e incertezas. Não mais que insectos vagueamos na raridade...sem querer perder o que não temos.
Multipliquem-se os caminhos, torturem-se os pesadelos pois preferimos estar "in" que (in)ertes. Como se de um vale imperfeito nos valêcemos.
Ao som de um violino escrevem-se tristezas! Já ouviram? Como um zumbido que atesta a loucura de quem sabe voar.
E o público entoa cânticos de embalar...entristecer, renascer a acabar. Nesta terra, como no céu, abrimos as mãos à espera de mais! Mais tudo, de tudo, para tudo! Infinitos sem fim! Pois...sim, é isso. Destruam-se as antigas perfeições...deitemo-las ao rio! E com orgulho olhemos a corrente.
O Tempo! Esse? Qual? Ajudem-me...qual deles? Este vale é escarpado e pequenos percalços valem quedas intemporais! Um segundo é perfeito. Mas quantos perfeitos leva um minuto? Talvez o violino que grita de paixão compreenda...eu não!
A voz da imperfeição é real, mas dela fujo!
Sentamo-nos, então, no bege do colchão. Suportamos a alegria da imagem do dia.
E quando tudo parece escapar...voltamos a errar. Não compreendo!

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