Dentro de um pequeno espaço, onde tudo acontece, rodam vidas perdidas e outras abertas aos sons do fatal. Socialmente distorcidos, carecem do veneno que com tudo termina. Flores que andam e bocas que tremem...como florestas que ardem no horizonte longínquo.
Cantam-se coisas e contam-se temas de portas fechadas e corredores frios. Banquetes azedos com cores derrubadas. Por ali passa a podridão de alguns e o cristal da maioria.
Recordam-se medos no centro da cidade, onde o calor aperta o gatilho de quem quer roubar. Mas voltam e acendem cigarros baratos com diesel estragado. Buracos pelos caminhos de todos! Feridas cosidas à mão.
Os arco-íris ali começam...mas ali terminam, nos potes de ouro invisível. Parecem baixos os valores dos mosquitos...já não picam, porque o sangue escasseia.
Os bares cantam baixo, canções vagarosas e por ali se sentam. Até que com beijos violentos caiam as noites. Estrelas cadentes, mentiras desertas. Assim vão os espíritos, assim são os Estados.