Vejo-te por aí. Pelos concertos à noitinha, pelas ruas a
brilhar do frio, pelos vultos encasacados do Inverno. Por aí. Por onde as
paredes falantes contam as nossas histórias, mais que muitas, em pouco tempo.
Por aí!
Lembras-te da primeira vez? Foi ali! Debaixo da lua alta, em
pleno verão…e que verão, numa cidade pequena, cheia de vidas. Por alí, por onde
passou quem amámos, dias depois.
Parece uma vida, até parecem duas. Sim, de facto, duas.
Depressões à parte e renascimentos em terras de fumo alucinante. Mas palco das
vidas, minha e tua. Crescemos juntos mas aparte. E adquirimos terras, juntos,
mas aparte. Nessa cidade pequenina onde tantos e tantas nos viram passar.
Um grupo porreiro, chamo-lhe eu. Cheio de uns e de outras.
As histórias, desejos, camas, praias e animais, levaram-nos
lá…e trouxeram-nos aqui. Aqui? Não, aí…mas aqui também.
Porque estou eu aqui e tu aí? Já não sei, já não me lembro!
Nem nisso penso, dá trabalho. Agradeço apenas as tuas mãos. Que tanto abanaram
à minha frente! Para ti…e para mim. Sou feliz, também por isso.
Até sempre, amiga de tempos loucos, vejo-te por aí!
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