terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Segredos, não o são...



Segredos, não são que mentiras ocultas.
Segredos, contados a quem não os quer.
Dúvidas eternas e doces multas
e obras sem fim para quem os quiser.

Pedras lisas em águas quentes,
lançadas bem longe, ao fundo do rio.
Sentimentos doridos de tantas gentes, 
pescados por tristes p'la ponta de um fio.

Segredos ocultos por quem os disser,
mas vozes bem altas de quem os ouviu.
Na esquina dos passos, resiste quem quer
e traições aparte de quem não (as)sumiu.

Às tantas, 
surpresas saltitantes de caixas de cartão,
palhaços pintados, qual acordeão.
Fui ponte de morte sobre quem amou
e de sorriso estendido, eu abri a mão.
Pelo desgaste da alma, de quem eu não sou.

Verdades ocultas, segredos, degredos.
Finos mal tirados, mortos, sem espuma.
Abriram-se portas a tantos medos,
ficaram perdidos, com dores agudas, na ponta dos dedos.

Segredos, não o são jamais.
Porque os sons da batalha traduzem ditados
e reduzem a nada promessas vitais.
Dão aos homens bons, sentimentos violados.
E traduzem acções dos que são mal amados.

Segredos, (já) não o são...



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