quinta-feira, 16 de outubro de 2014

1, 2, 3...vou contar outra vez! (de um outro texto meu)












UM espaço vazio...é aí que estás,
com tanta gente por perto mas sem nexo,
um tempo perplexo à volta de um ser!
Aí estás tu e aí ficarás..até quando?
Sem veres que nas mãos te caem gotas incompletas de chuvas presentes, já é Abril.
Que pena chorar sem te ver partir
oh vento que voa na noite mártir.

DOIS momentos nos separam, o teu e o meu.
Fossem medos antigos ou frases perfeitas,
os nossos abrigos de portas mal feitas,
aqui estão!
Teimosias acanhadas por vozes sábias que me querem amar,
traçam caminhos outrora perdidos no meio do mar!

TRÊS ventos te perseguem, quais lobos "uivantes" no seio do quê?
Olham-te de lado mas nada te fazem com medo de amar.
Que vida perfeita a de um vendaval
que com força te deita no meu imortal.
Partículas de tempos me enchem agora de tempo que é teu.
Não vou nem olhar para esse colar,
que envolve o que me vais dar..

QUATRO alvéolas de sangue permanecem guardadas debaixo da pele.
Foram palmadas bem dadas
por chuvas passadas
sem nada deixarem.
Que caminhos imperfeitos as minhas loucuras que me fazem rir.
Oh gente malvada, que a chuva molhada vos faça partir!

CINCO histórias foram contadas
e aí relembradas
à volta de um ser...
que cenário montado
por nós torturado
só para te ter.
Assim vais...sem futuro ou verdade
que te embrulhe na face
de quem te quer ver.

SEIS cores circundam as vidas que sonham até perecer,
no vale deserto
de um mundo tão certo
do que se fazer.
Não vou conhecer as luzes do centro que me faz olhar,
mas sei as certezas
que sinto nas mesas
do nosso manjar.

SETE fortunas são as que me entendem ao cair do pano...
são calmas sensatas
providas de almas
daquele meu ano.
Foi aí que entendi que por mais que deseje,
por mais que lampeje,
tanto vem do profano.
Oh portas abertas convidem-me a entrar!

OITO encontros, pr'a sentir a pena de te conhecer..
sim, saber que existes
mas que me resistes
com todo o teu ser.
Vai cobrir com sonhos
os antros medonhos
que te querem comer!
E então verás, onde estou e com quem, para sempre sorrir.

NOVE horas à porta da casa que te vê chegar,
onde tudo acontece
mas tudo enfraquece
o meu desfrutar.
Sou homem e espero
saber o que quero
no teu divagar.
Mas lutas perplexas encontram os muros do teu mergulhar..morrerás?

DEZ partes de mim, são como um puzzle sem solução.
Mas rio sem controlo
porque a vida é um bolo
que corto com a mão!
Satisfaz-me saber
que mesmo a perder,
estou no teu coração!


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