segunda-feira, 4 de junho de 2012

Se te conseguisse explicar!

À minha volta andam estradas de poucos carros, porque é noite. Daqui vejo-os passar, velozmente come se fugissem do medo. Está escuro mas em poucas horas uma bola amarela surgirá do chão e tudo recomeça. Estou num poiso extenso e tardio. Aqui a luz é outra e os sons soam a cristal. A humidade escasseia e, só agora, respiro bem. Não, não to vou dizer! Mas que sinto-a mais perto, a minha amiga de velhos tempos, a felicidade de outros sonhos, sim...por aqui anda. Não aqui aqui..., mas não aí...queres cá vir? Apresento-ta e também tu aqui a tens, se quiseres... Corro agora por caminhos de férias. Sim, verdade! Aqui passei muitas vezes a caminho de ócios de outros tempos. Nunca esperei correr pelos passeios que vi passar depressa enquanto tentava alcançar areias solarengas. Estou sozinho...mas tão bem acompanhado. Reservo-me o direito de em ti pensar...porque não? Afinal, estou mais livre que nunca. Livrei-me de mim...aí. Mas ganhei-me de volta, aqui. Áquele rapaz optimista que sempre, sempre, acreditou...até um dia. Devias ver-me...não paro de sorrir! Não consigo! Porque até as paredes têm piada...e atravessá-las é indolor. Não me conhecem aqui...ainda não. Mas brilham os olhos que me vêm sorrir. E mesmo quando os fecho, nada têm a recear porque só me conhecem a rir. Não to posso explicar...é impossível! Come se explica esquiar nas areias de uma praia, ou mergulhar nas árvores de uma floresta? Talvez...mas para quê? Mas agora sim, tenho tempo para mim...e para ti!

Sem comentários:

Enviar um comentário