sexta-feira, 29 de junho de 2012

Perdi-me em palavras e mergulhei.

Ao som de uma guitarra espanhola, caminhei pelo passeio de uma praça meio escura e senti que estava perdido no mundo à procura de um caminho melhor. Ao olhar para o céu apercebi-me que uma estrela me seguia. Não, não estou a brincar! Da forma tão decidida como voava, depressa me apanhou e com fortes gargalhadas deitou-me por terra e criou-me todas estas nódoas negras...estou cheio delas. Quase me atirou para fora deste mundo! Pudera, ninguém iria sentir a minha falta, por isso ponho-o de lado e finjo que não vivo nele. Sério, estou como se a mente tivesse tirado férias, até o meu cabelo está cheio de areia, qual dia de praia ventoso. É como se o champanhe que ontem bebi consertasse com um paraíso qualquer e ambos, com um certo desprezo, gritassem "este já era"! Mesmo assim respiro debaixo de água com guelras emprestadas pela sereia mais próxima. Esta condição não tem fim anunciado e, se querem saber, não estou preocupado. Um dia vais estar tão perdido(a) como eu...e a maré vai subir até ao andar de cima, como quando te perdes...e vais encontrar a chave para o paraíso. É aí que o céu azulado treme com o nascer do sol e o mundo muda de forma, de cor, de som...permanentemente, até porque as doces criações mudam-nos a geografia, a nossa! Sinto saudades de ter receio que a maré atinja a toalha, por outro lado recordo que há dois momentos estava mergulhado...já não sei em quê.

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