quarta-feira, 17 de outubro de 2012

100...indiferente


Um dia comecei a escrever...não parei. É indiferente. Hoje, o dia em que o meu depósito de loucuras chega aos 100. 100 textos, 100 momentos, 100 anos de mim... Número redondo, alcoólico, como um velho sábio de barbas brancas e cabelo sumido...100. Não absorvo pensamentos aqui, hoje e neste. Apetece-me, talvez, festejar...mas é indiferente.
Desde então fui criador de dúvidas. Ou então fazedor, narrador, inventor de histórias (ir)reais? Indiferente, mas soube bem. Dá-me que ler, ao menos a mim e a outras mentes abertas que, por momentos, nada mais têm...ou querem...fazer. Obrigado.
Eu? Leio-as como histórias, lembranças e desabafos de um sonhador inveterado. Espelhos...sim, espelhos de uma vida que me é um mistério. E faz-me rir, chorar nem tanto. Rir. Deu-me espaço ao crescimento. Depositei pensamentos...verdades e mentiras! Diálogos da mente e versos de paixão. Sim, apaixonei-me (também) por aqui. E não voltei a não amar. Declarações de peso e ataques fortuitos.
Amei alguns textos e odiei outros demais. Cantei silenciosamente! Aqui. E caí em graças e desgraças de arrependimentos sós. Não é mais que uma história contada aos bocados enquanto as luzes se apagam. Indiferente. Mas desejei...aqui e tanto!
Escrevi, aqui, enquanto viajei! Por terras Lusas, pelos campos de her majesty, na cidade que não dorme, no país da torre torta, na capital de nuestros hermanos...e aqui...onde vivo hoje, onde o verão é quente e o inverno não entra.
É indiferente. Mudaram as árvores vizinhas, os medos e as crises. As certezas e as saudades. Dormi por aí enquanto sabia e não sabia. 
Oh mar de ondas altas, leva-me a nadar nestes pensamentos...quero deles tirar sabedoria...saber quem sou.
Mas a indiferença leva-me a mais 100, ou 99...talvez. Por aqui e por aí. Levanto a mão e digo olá! 
Isto sou eu! 

...and this is growing up...growing old...





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