São os olhos! Respondo eu ao som de palavras repetidas. São os olhos...sinónimos de cliques intocáveis. São os olhos, de chocolate ou céu de madrugada. Um dos dois...mas com expressão! Já foram pretos, até verdes...mas não mais. São os olhos, pronto!
Sei-os centro de emoções...não sabem mentir, ainda que saibam...quando cerrados ou cheios de água. Já os vi grandes e pequenos, largos ou mortos, sim, de facto mortos. Hoje sinto falta deles.
Em tempos absorvi...observei. Fui alvo de fundamento sem questões. Eu explico...não nada disso! Fui olhado sem que me vissem...os olhos, mas a alma. Porquê? Porque o espelho do que se passa no mundo não se vê noutro lado...ou por outro, que não estes. Daí o clique...certo?
O homem é ser irreverente, cujo olhar descai... para Sul, um pouco mais....volta a subir e pára. Onde? Não sei...é generalizar o que não o pode ser. Depende! Se me perguntarem outra vez...digo que não sei. E aqui morre o debate.
Eu? Outra vez? São os olhos! Mesmo que não acredites...não quero saber. Não vou explicar nem padronizar as minhas escolhas. Sei lá...
E ainda me perguntam "porquê". Já olharam (por falar em olhos) bem para o mundo? Já pararam para sentir o olhar de alguém? Pois...agora não, está difícil. De olhos cabisbaixos andamos longe. Se a expressão do umbigo tinha validade há uns tempos...agora é condição. Cada um por si... Vá, no limite por mais alguém....a vida.
Olhar com procura, com verdade, expressão de estrela cadente...isso anda perdido. Por isso assim estou!
Porquê?...por isso!
Coloquem uma gota de suor numa face de apenas uma ruga....por onde seguirá esta? Mas coloquem uma estrela apaixonada no meio de um céu de estrelas cadentes...então aí, apesar de tudo, apesar de distraída, alguma contra ela irá. Por isso!
Como encontrar estrelas cadentes num céu enublado? O pavor de abrir os olhos e sorrir escurece um céu brilhante...Por isso!
E então, de olhos bem abertos, olho em redor. Absorvo...observo... Vivo num pequeno passeio onde o Carnaval é Rei. Onde se escondem, se fantasiam mil "olhares cadentes"...e por isso não os vejo. Por Isso!
São os olhos! E agora?
Agora, como estrela apaixonada, há apenas o sonho de não perder...isto é, de encontrar o caminho para a única estrela cadente que, para já, viaja no céu.
São os olhos! Não sei que mais...
quarta-feira, 28 de dezembro de 2011
quinta-feira, 15 de dezembro de 2011
quinta-feira, 1 de dezembro de 2011
Chocolate quente
Estava no meio de uma divisão sem mobília. As paredes eram de uma cor branca azulada (daqueles dias sem grande noção de calor...mas parece que chove), estava sozinho mas não me sentia só. Quando olhei para sul, a parede parecia-me mais longe, como se não a conseguisse tocar. Depois vi a minha mão, estava ali, sem tocar em nada nem em ninguém...porquê? Porque espero? Razão? Não, nem tudo tem de ter uma razão! Recuso-me acreditar que sou culpado pela sua solidão. Pela minha? Talvez...mas assumo-a....a mão já não. O som desconfortável de fundo transportou-me para outra dimensão, esta....acordei.
Recordei por breves momentos quem estava ali, na minha cama, era eu. Tentei aceitar que era um hábito, dormir ali, na cama grande que me viu chegar cansado, após mais uma noite de incessante procura (não, não por isso...por aquilo). Ela reconhece-me e aconchega-me os pensamentos. Esteja eu com um sorriso de quem conquistou, ainda que por breves horas, a sua autorização para nela partilhar momentos; Esteja eu de semblante pesado, isolado nos meus desejos, abandonado pelo ar que me vê cair...ela ali fica, a aguardar que nela me deite ao fim do dia...sem cobrar.
Em breves segundos atentei ao meu respirar. Sem saber bem porquê não senti nada...não queria estar ali? Mas, queria, não naquele momento, mas ali sim. Começava o dia, mais um, de expectativa. Sem a distracção dos segundos que antecedem o controlo diário de quem foi designado a atingir tarefas, pagas, sim, apesar de tudo... Hoje não. O dia era transparente, sem o peso das cores despercebidas que vagueiam por todo o lado, fácil de compreender porque não há que actuar.
Pelo toque de um botão deixei a vida entrar. Subiam as persianas que me protegiam dos elementos e o quarto estava iluminado...a mesma cor do sonho, da outra dimensão. Estaria a sonhar de olhos abertos? Projectando um futuro tão próximo que era fácil aceitar? Seriam os meus sentidos capazes de deixar o corpo, passar paredes e prever segundos antes? Não! Mas naquele momento vi-me olhar para o mesmo branco, o mesmo sul, de mãos erguidas por um leve espreguiçar...e em nada tocava, nem em ninguém.
Senti o frio do inverno tocar-me levemente a planta dos pés...e corri para a caldeira, agora estou quente...o Inverno está lá fora. De olhos semi-serrados avancei para a luz, peguei num pedaço de bolo de aniversário e continuei o meu caminho.
Queria estar ali! Queria sim! Juro! Tantas vezes acompanhado sonhei com momentos sós...para me dedicar ao ócio, sem demonstrações de qualquer espécie, nem a mim, nem a ninguém. Sugaram-me o espírito, a alma, tantas vezes não fui eu, estive apenas lá. Agora, aqui, olho ao meu redor e estou vivo...tenho tempo, tenho espaço. Penso na época do ano, penso nos dias anteriores, nos que se seguirão. Vejo livros espalhados pelo meu esconderijo, papeis assinados, fios de pó, aqui e ali. Penso em vós, em mim e na mulher que me faz acreditar que (ainda) sou capaz de amar. Dedico breves segundos a decisões que não quero tomar e sento-me. Sinto incertezas, cobardias, arrependimentos por erros passados, mas ali estou. Breves momentos.
Decidi que dentro de 3 dias o meu esconderijo estará de um vermelho periclitante.Vou falar aos que me seguem a existência e nela se envolvem para me dar ânimo, querem ajudar? Vou elevar a Árvore! ...mais alta que eu... e nela pendurar sonhos, desejos, pedidos, queixas e chocolate. Porque a vida tem disto... Chegará o encanto do Natal e até ele passará, uma vez mais. Tudo passa...e nesse momento sorrio porque tudo se transforma.
Uma vez mais penso nela...mas não lhe falo, deixo-a estar. Não estarei preparado? Não sei, queria que fosse imperfeito. Queria que fosse o último primeiro beijo...mas certo, livre de pecados, livre de porquês. De olhos fechados peço-lhe que me perdoe, mas não serei eu a dá-lo, assim seria perfeito. Quero recebê-lo e se ela ficar atenta saberá quando mo dar. Estou pronto...ela não sei, talvez... Não tenho razões para que assim seja e arrisco perdê-la...não quero. Mas arrisco, porque de outra maneira não sei ser...e não quero actuar, quero ser livre e libertar. Ser amado e amar da mesma forma. Fosse este mundo plano e dizer-lhe-ia "gosto de ti"...e com a resposta dela viveria o resto do tempo. Mas não posso. Se assim fosse, a vida seria de chocolate.
O dia decorre entre leves entradas e saídas de dimensões diversas. Deitado no sofá, apoiado num mar de almofadas, adormeço entre gargalhadas vindas da caixa mágica. Escaldam-me as pernas onde com satisfação dorme a minha Jackie. Enroscada em si própria encontra facilmente posição entre os meus joelhos e ali fica, sonha e sente-se protegida...o dono está cá hoje...
E nada faço. Deixo passar o tempo, hoje não lhe aceno...deixo-o escapar e descanso. Volto a pensamentos de sonhos antigos. Imagino desejos antigos de solidão e o que com eles planeava fazer. Aventuras de comando na mão, controlo do tempo e do espaço, sem dar provas que não às máquinas criadas por outras mãos, idas ao ginásio, viagens sem sair do sítio, música...tempo, meu tempo. Já não...a inércia de ser livre apaga vontades prisioneiras e abre janelas de emoções novas.
É noite outra vez. É inverno e o dia acaba depressa. Uma música de fundo acompanhou o pôr-do-sol sobre a cidade, tão bela. Vejo a sombra das árvores ao meu lado, cobrem as escadas que me levam ao mundo, lá fora. Mas aqui estou...porque quero. Quem dera aqui estivesse, mas não lho digo, quero apenas que ela descubra que também quer. No meu esconderijo, ainda meu...ainda só meu.
Deixo que o dia acabe, espero por outro, esse já espreita e traz festa...pela noitinha, por quem me ama. Olho as estrelas e sorrio...e sonho...e espero.
Recordei por breves momentos quem estava ali, na minha cama, era eu. Tentei aceitar que era um hábito, dormir ali, na cama grande que me viu chegar cansado, após mais uma noite de incessante procura (não, não por isso...por aquilo). Ela reconhece-me e aconchega-me os pensamentos. Esteja eu com um sorriso de quem conquistou, ainda que por breves horas, a sua autorização para nela partilhar momentos; Esteja eu de semblante pesado, isolado nos meus desejos, abandonado pelo ar que me vê cair...ela ali fica, a aguardar que nela me deite ao fim do dia...sem cobrar.
Em breves segundos atentei ao meu respirar. Sem saber bem porquê não senti nada...não queria estar ali? Mas, queria, não naquele momento, mas ali sim. Começava o dia, mais um, de expectativa. Sem a distracção dos segundos que antecedem o controlo diário de quem foi designado a atingir tarefas, pagas, sim, apesar de tudo... Hoje não. O dia era transparente, sem o peso das cores despercebidas que vagueiam por todo o lado, fácil de compreender porque não há que actuar.
Pelo toque de um botão deixei a vida entrar. Subiam as persianas que me protegiam dos elementos e o quarto estava iluminado...a mesma cor do sonho, da outra dimensão. Estaria a sonhar de olhos abertos? Projectando um futuro tão próximo que era fácil aceitar? Seriam os meus sentidos capazes de deixar o corpo, passar paredes e prever segundos antes? Não! Mas naquele momento vi-me olhar para o mesmo branco, o mesmo sul, de mãos erguidas por um leve espreguiçar...e em nada tocava, nem em ninguém.
Senti o frio do inverno tocar-me levemente a planta dos pés...e corri para a caldeira, agora estou quente...o Inverno está lá fora. De olhos semi-serrados avancei para a luz, peguei num pedaço de bolo de aniversário e continuei o meu caminho.
Queria estar ali! Queria sim! Juro! Tantas vezes acompanhado sonhei com momentos sós...para me dedicar ao ócio, sem demonstrações de qualquer espécie, nem a mim, nem a ninguém. Sugaram-me o espírito, a alma, tantas vezes não fui eu, estive apenas lá. Agora, aqui, olho ao meu redor e estou vivo...tenho tempo, tenho espaço. Penso na época do ano, penso nos dias anteriores, nos que se seguirão. Vejo livros espalhados pelo meu esconderijo, papeis assinados, fios de pó, aqui e ali. Penso em vós, em mim e na mulher que me faz acreditar que (ainda) sou capaz de amar. Dedico breves segundos a decisões que não quero tomar e sento-me. Sinto incertezas, cobardias, arrependimentos por erros passados, mas ali estou. Breves momentos.
Decidi que dentro de 3 dias o meu esconderijo estará de um vermelho periclitante.Vou falar aos que me seguem a existência e nela se envolvem para me dar ânimo, querem ajudar? Vou elevar a Árvore! ...mais alta que eu... e nela pendurar sonhos, desejos, pedidos, queixas e chocolate. Porque a vida tem disto... Chegará o encanto do Natal e até ele passará, uma vez mais. Tudo passa...e nesse momento sorrio porque tudo se transforma.
Uma vez mais penso nela...mas não lhe falo, deixo-a estar. Não estarei preparado? Não sei, queria que fosse imperfeito. Queria que fosse o último primeiro beijo...mas certo, livre de pecados, livre de porquês. De olhos fechados peço-lhe que me perdoe, mas não serei eu a dá-lo, assim seria perfeito. Quero recebê-lo e se ela ficar atenta saberá quando mo dar. Estou pronto...ela não sei, talvez... Não tenho razões para que assim seja e arrisco perdê-la...não quero. Mas arrisco, porque de outra maneira não sei ser...e não quero actuar, quero ser livre e libertar. Ser amado e amar da mesma forma. Fosse este mundo plano e dizer-lhe-ia "gosto de ti"...e com a resposta dela viveria o resto do tempo. Mas não posso. Se assim fosse, a vida seria de chocolate.
O dia decorre entre leves entradas e saídas de dimensões diversas. Deitado no sofá, apoiado num mar de almofadas, adormeço entre gargalhadas vindas da caixa mágica. Escaldam-me as pernas onde com satisfação dorme a minha Jackie. Enroscada em si própria encontra facilmente posição entre os meus joelhos e ali fica, sonha e sente-se protegida...o dono está cá hoje...
E nada faço. Deixo passar o tempo, hoje não lhe aceno...deixo-o escapar e descanso. Volto a pensamentos de sonhos antigos. Imagino desejos antigos de solidão e o que com eles planeava fazer. Aventuras de comando na mão, controlo do tempo e do espaço, sem dar provas que não às máquinas criadas por outras mãos, idas ao ginásio, viagens sem sair do sítio, música...tempo, meu tempo. Já não...a inércia de ser livre apaga vontades prisioneiras e abre janelas de emoções novas.
É noite outra vez. É inverno e o dia acaba depressa. Uma música de fundo acompanhou o pôr-do-sol sobre a cidade, tão bela. Vejo a sombra das árvores ao meu lado, cobrem as escadas que me levam ao mundo, lá fora. Mas aqui estou...porque quero. Quem dera aqui estivesse, mas não lho digo, quero apenas que ela descubra que também quer. No meu esconderijo, ainda meu...ainda só meu.
Deixo que o dia acabe, espero por outro, esse já espreita e traz festa...pela noitinha, por quem me ama. Olho as estrelas e sorrio...e sonho...e espero.
segunda-feira, 28 de novembro de 2011
Objectivo...MAIS
A caminhada foi dura, ao que parece conquistada pela força que reconheço como minha! Distingo traços ao longe...parecem leves chicotadas atrevidas que combatiam a subida. Já nada é como antes, o ar rarefeito da montanha da vida envolve as ideias numa esfera cristalina...vejo melhor que nunca... De mãos esfoladas pela rocha dura, sinto o coração na boca, a mente explode e as certezas perdem valor. O sorriso ao medo torna-se simples...qual imortal defronte à ponta da espada, assim sim, é viver.
A sensação é de objectivo cumprido...e porque não? Ainda que por leves segundos nada mais importa, como um caminhante que vislumbra o oceano no horizonte e sente a maresia. As pequenas pedras do caminho fantasiaram-se de algodão, assim não magoam...tanto, porque a planta dos pés aprendeu onde calcar e recorda corridas fustigantes, inconsequentes, repetitivas...valiosas então.
De face levantada deixo que o cinzento apareça, chamam-me nomes carinhosos como quem me quer e me tem. Mas a certeza de que nasci há pouco ergue muros de incompreensão...apesar de tudo, sei mais, muito mais!
Agora olho o passar dos transeuntes como quem vê nuvens num céu azul...estão ali. E para mim não olham, porque haveriam de olhar? Sou apenas eu, de casaco de penas, passo apressado e espada na mão! Como figurantes de um filme histórico, significaram apenas isso, figuras.
Os meu andam aí! Por perto, ao longe e neles deposito as lágrimas de um presente carregado de perguntas. Agradeço-lhes com um gesto acanhado mas eles reconhecem a força impossível de um conquistador de impossíveis.
Por isso valeu a pena...preparado para mais tantos...ainda que diferentes, ainda que melhores!
A sensação é de objectivo cumprido...e porque não? Ainda que por leves segundos nada mais importa, como um caminhante que vislumbra o oceano no horizonte e sente a maresia. As pequenas pedras do caminho fantasiaram-se de algodão, assim não magoam...tanto, porque a planta dos pés aprendeu onde calcar e recorda corridas fustigantes, inconsequentes, repetitivas...valiosas então.
De face levantada deixo que o cinzento apareça, chamam-me nomes carinhosos como quem me quer e me tem. Mas a certeza de que nasci há pouco ergue muros de incompreensão...apesar de tudo, sei mais, muito mais!
Agora olho o passar dos transeuntes como quem vê nuvens num céu azul...estão ali. E para mim não olham, porque haveriam de olhar? Sou apenas eu, de casaco de penas, passo apressado e espada na mão! Como figurantes de um filme histórico, significaram apenas isso, figuras.
Os meu andam aí! Por perto, ao longe e neles deposito as lágrimas de um presente carregado de perguntas. Agradeço-lhes com um gesto acanhado mas eles reconhecem a força impossível de um conquistador de impossíveis.
Por isso valeu a pena...preparado para mais tantos...ainda que diferentes, ainda que melhores!
segunda-feira, 21 de novembro de 2011
De coração...sem palavras...
Enfim descobri o que sentir...caem muros de pedra que sombra ao sol faziam. Como to posso dizer? Caminho ao teu lado e não estás aqui. Nem aí... A presença de um sorriso teu deita por terra tantos medos! Mas...o que é isto? Como to posso dizer? Acabo sempre por embater em sentimentos antigos, teus e meus.
Vejo-me invadido por certezas...quais vontades incertas do querer mais e mais. Não posso! Vejo-me repleto de lágrimas, água e sal que me queima o rosto quando sinto o teu olhar. E em mim tocaste, pele na pele...e por momentos senti que sentiste. Mas nada disse! Como to posso dizer? Se tenho medo, porque não te quero ter...para te perder?
Sinto uma corrente de ar no coração. Já a sentiste? A que nos deixa tontos, bobos da corte...com chapéus de três bicos a sorrir. Rimos às gargalhadas porque tudo...parece...valer. Já a sentiste? Reconheci-a porque gravitas em torno ao meu ar... Mas não, não to posso dizer! Decidi há muito deixar-me levar pela solidão...a de ser astronauta sem rumo, por caminhos sem ar, onde caminho tão devagar.
O teu caminhar abana as minhas ordens, as que me guiavam até em ti embater...reconheces o violento embater do coração na mais suave das ondas? É o que sinto! Mas porque não to posso dizer? Porque não sou capaz de contra mim falar?
Não o sabes certamente, mas à tua volta existe um círculo que brilha, qual espaço de conforto. ...e a minha cor muda quando nele entro, em tudo, em todos...nada é assim! Porquê?
Sinto-te! Mas não to posso dizer!
Em tudo, em cada batimento do coração, no meu simples respirar após um cigarro feito à mão no sofá da minha existência. Do meu esconderijo olho a noite na cidade, onde nos vemos ao cair do pano...sinto-te, de coração...sem palavras...
http://www.youtube.com/watch?v=bc9cZe2bzEc
Vejo-me invadido por certezas...quais vontades incertas do querer mais e mais. Não posso! Vejo-me repleto de lágrimas, água e sal que me queima o rosto quando sinto o teu olhar. E em mim tocaste, pele na pele...e por momentos senti que sentiste. Mas nada disse! Como to posso dizer? Se tenho medo, porque não te quero ter...para te perder?
Sinto uma corrente de ar no coração. Já a sentiste? A que nos deixa tontos, bobos da corte...com chapéus de três bicos a sorrir. Rimos às gargalhadas porque tudo...parece...valer. Já a sentiste? Reconheci-a porque gravitas em torno ao meu ar... Mas não, não to posso dizer! Decidi há muito deixar-me levar pela solidão...a de ser astronauta sem rumo, por caminhos sem ar, onde caminho tão devagar.
O teu caminhar abana as minhas ordens, as que me guiavam até em ti embater...reconheces o violento embater do coração na mais suave das ondas? É o que sinto! Mas porque não to posso dizer? Porque não sou capaz de contra mim falar?
Não o sabes certamente, mas à tua volta existe um círculo que brilha, qual espaço de conforto. ...e a minha cor muda quando nele entro, em tudo, em todos...nada é assim! Porquê?
Sinto-te! Mas não to posso dizer!
Em tudo, em cada batimento do coração, no meu simples respirar após um cigarro feito à mão no sofá da minha existência. Do meu esconderijo olho a noite na cidade, onde nos vemos ao cair do pano...sinto-te, de coração...sem palavras...
http://www.youtube.com/watch?v=bc9cZe2bzEc
quinta-feira, 27 de outubro de 2011
O modo como falas ao meu nada
A forma como falas ao meu nada
Porque sorris quando nao sei o que dizer? Divertes-te quando pareço ficar nervoso e pareces não perceber que não sei o que fazer. Mas sabes que estou tenso e ainda assim não te importas...porque finalmente, és especial.
Não gosto de voar de cabeça porque tenho dúvidas, muitas. E os teus olhos desviam a tensão de tudo isto...pareces saber o que penso. E sorris! Como se ser eu fosse para ti uma sobremesa doce que satisfaz os requintes dos teus sonhos....conversa fácil, simples, terna. És a surpresa do amanhecer!
Depois lanças palavras lógicas à minha alma e o sentido do medo perde a validade...qual efeito de choque que reduz a luz e abana o meu respirar. Afinal existes...
Farto de ter de ser lobo, decidi há muito parar de correr. Contra uma sociedade de velozes que de espada elevada espetam cordeiras sem porquês, contra um passado similar de conquistas inúteis e desvaneios perdidos, levanto a alma e digo CALMA...porque desejo ser perseguido e não perseguir...até ser apanhado na tua armadilha e então voar. Levar-te a voar...apenas aí....porque assim te quero!
Então discursas frases não feitas, sobre o mundo em que me vês...nos vês! Sabes do que falas e encontras modos engraçados de me surpreender. Falas do que só eu sei e, no entanto, deixas-me perplexo...porque o teu olhar ultrapassa os meu muros. As tuas palavras são carinhos que de chave na mão, encontram o meu caminho.
E não te importas que nada diga, nada faça....fazes tu por mim porque sabes que estou tímido, inseguro...e tenho medo. És perfeita e não me exiges a perfeição... e conquistas-me pelo modo como falas ao meu nada.
Porque sorris quando nao sei o que dizer? Divertes-te quando pareço ficar nervoso e pareces não perceber que não sei o que fazer. Mas sabes que estou tenso e ainda assim não te importas...porque finalmente, és especial.
Não gosto de voar de cabeça porque tenho dúvidas, muitas. E os teus olhos desviam a tensão de tudo isto...pareces saber o que penso. E sorris! Como se ser eu fosse para ti uma sobremesa doce que satisfaz os requintes dos teus sonhos....conversa fácil, simples, terna. És a surpresa do amanhecer!
Depois lanças palavras lógicas à minha alma e o sentido do medo perde a validade...qual efeito de choque que reduz a luz e abana o meu respirar. Afinal existes...
Farto de ter de ser lobo, decidi há muito parar de correr. Contra uma sociedade de velozes que de espada elevada espetam cordeiras sem porquês, contra um passado similar de conquistas inúteis e desvaneios perdidos, levanto a alma e digo CALMA...porque desejo ser perseguido e não perseguir...até ser apanhado na tua armadilha e então voar. Levar-te a voar...apenas aí....porque assim te quero!
Então discursas frases não feitas, sobre o mundo em que me vês...nos vês! Sabes do que falas e encontras modos engraçados de me surpreender. Falas do que só eu sei e, no entanto, deixas-me perplexo...porque o teu olhar ultrapassa os meu muros. As tuas palavras são carinhos que de chave na mão, encontram o meu caminho.
E não te importas que nada diga, nada faça....fazes tu por mim porque sabes que estou tímido, inseguro...e tenho medo. És perfeita e não me exiges a perfeição... e conquistas-me pelo modo como falas ao meu nada.
quinta-feira, 6 de outubro de 2011
A sonhar...vivi apenas um dia! Ainda que a razão me escape.
O som ecoa mais alto, ao longo de pequenos passos sinto as vozes mais próximas. Gente que canta, grita e me querem dizer algo. Pelo caminho largo, escuro como breu, dou passos largos e sinto o coração ofegante que me pede para parar...parei. Olho em volta e agora apenas uma voz me canta. Quem és? Que língua falas? Nao te reconheço! Porque cantas para mim? Ou...não é para mim? Porque cantas?
Agora corro em pequenas pedras que me magoam os dedos dos pés...que ironia, a de correr por um (des)objectivo. Eis que me encontro numa sala enorme...qual palácio de contos de reis e rainhas. Olham-me com desdém, como se de um estranho viajante eu não passasse. Mas no centro está uma taça esbranquiçada. Será que a posso tocar? Está nas minhas mãos...e agora todos me sorriem, carrego um tesouro de um mundo maior. Passo a pertencer!
Com lágrimas nos olhos grito pela consciência, mas o som não ecoa, não me ouço. Estou a cair de uma varanda de fumo. Agora recordo...toquei-te os cabelos e por isso estou aqui. Num mundo perdido sem eira nem beira. Falta-me tudo pois nada compreendo. Foi assim tão grave vender-te aos meus ideais? Deixar-te levar pelo meu respirar? ...porque me gritam os demais? Cantam "Carmina Burana" como se de um concerto a vida não passasse. Fá-los parar! Agora suspiram-me ao ouvido...não, não os compreendo. Falam línguas distantes e ecoam instrumentos que me levam aos céus. Tocam trompetas como se o rei chegasse.
Mas sim, sim...agora relembro. És Linda...pedi-te um beijo e ao invés mostraste-me homens antigos que gritam mais alto que as nuvens...também eles aqui estiveram? Não! Apenas eu...agora sei. Porque a minha voz eu não ouço e as deles cantam melodias falsas.
Como se dança a tua valsa? É assim? Olha-me! Porque estou agora numa montanha de areia? Porque sinto o calor mais quente da minha existência? Desapareceram todos...mas tu não! Porquê? Olha...calaram-se.
Amar-te foi...um pequeno dia. Ao vento subi a cidade com a tua imagem no coração...e depois apareceste. Deixaste-os e ao meu lado ficaste. Agora sei porque ouço vozes...aqui. Porque num concerto ouvi o teu sorriso. E com o carinho de uma mãe preocupada desejaste-me boa viagem...juizinho. Desde aí não voltaste...
Enviaste-me para onde estou, num sono profundo, num sonho que corre e canta...onde não quero estar! Agora é uma sereia que canta...e este marinheiro reconhece o perigo. Mas para o fundo do mar irei, se entre a espada e a onda ficar. Sem ti tudo faz sentido, mas contigo o sentido faz-me acordar.
Vou serrar os olhos e esperar...quem sonha, quem sabe, quem quer...pelo suspiro doce e quente que outrora pensei querer. Ainda?
Agora corro em pequenas pedras que me magoam os dedos dos pés...que ironia, a de correr por um (des)objectivo. Eis que me encontro numa sala enorme...qual palácio de contos de reis e rainhas. Olham-me com desdém, como se de um estranho viajante eu não passasse. Mas no centro está uma taça esbranquiçada. Será que a posso tocar? Está nas minhas mãos...e agora todos me sorriem, carrego um tesouro de um mundo maior. Passo a pertencer!
Com lágrimas nos olhos grito pela consciência, mas o som não ecoa, não me ouço. Estou a cair de uma varanda de fumo. Agora recordo...toquei-te os cabelos e por isso estou aqui. Num mundo perdido sem eira nem beira. Falta-me tudo pois nada compreendo. Foi assim tão grave vender-te aos meus ideais? Deixar-te levar pelo meu respirar? ...porque me gritam os demais? Cantam "Carmina Burana" como se de um concerto a vida não passasse. Fá-los parar! Agora suspiram-me ao ouvido...não, não os compreendo. Falam línguas distantes e ecoam instrumentos que me levam aos céus. Tocam trompetas como se o rei chegasse.
Mas sim, sim...agora relembro. És Linda...pedi-te um beijo e ao invés mostraste-me homens antigos que gritam mais alto que as nuvens...também eles aqui estiveram? Não! Apenas eu...agora sei. Porque a minha voz eu não ouço e as deles cantam melodias falsas.
Como se dança a tua valsa? É assim? Olha-me! Porque estou agora numa montanha de areia? Porque sinto o calor mais quente da minha existência? Desapareceram todos...mas tu não! Porquê? Olha...calaram-se.
Amar-te foi...um pequeno dia. Ao vento subi a cidade com a tua imagem no coração...e depois apareceste. Deixaste-os e ao meu lado ficaste. Agora sei porque ouço vozes...aqui. Porque num concerto ouvi o teu sorriso. E com o carinho de uma mãe preocupada desejaste-me boa viagem...juizinho. Desde aí não voltaste...
Enviaste-me para onde estou, num sono profundo, num sonho que corre e canta...onde não quero estar! Agora é uma sereia que canta...e este marinheiro reconhece o perigo. Mas para o fundo do mar irei, se entre a espada e a onda ficar. Sem ti tudo faz sentido, mas contigo o sentido faz-me acordar.
Vou serrar os olhos e esperar...quem sonha, quem sabe, quem quer...pelo suspiro doce e quente que outrora pensei querer. Ainda?
quarta-feira, 5 de outubro de 2011
O Vale das Imperfeições
Não compreendo! O que querer e porquê? Olho em redor e personagens de filmes alternativos invadem o espaço próximo. Gente feia, gente banal, sem espírito! ...sou um deles, respiro ares poluídos de influências sociais que me condicionam olhares. De íris alerta, tocamos peles fumegadas...fustigadas pelas imperfeições de um todo sem valor!
Assim mesmo sorrimos, uns às outras e vice-versa...procuramos equivalências e incertezas. Não mais que insectos vagueamos na raridade...sem querer perder o que não temos.
Multipliquem-se os caminhos, torturem-se os pesadelos pois preferimos estar "in" que (in)ertes. Como se de um vale imperfeito nos valêcemos.
Ao som de um violino escrevem-se tristezas! Já ouviram? Como um zumbido que atesta a loucura de quem sabe voar.
E o público entoa cânticos de embalar...entristecer, renascer a acabar. Nesta terra, como no céu, abrimos as mãos à espera de mais! Mais tudo, de tudo, para tudo! Infinitos sem fim! Pois...sim, é isso. Destruam-se as antigas perfeições...deitemo-las ao rio! E com orgulho olhemos a corrente.
O Tempo! Esse? Qual? Ajudem-me...qual deles? Este vale é escarpado e pequenos percalços valem quedas intemporais! Um segundo é perfeito. Mas quantos perfeitos leva um minuto? Talvez o violino que grita de paixão compreenda...eu não!
A voz da imperfeição é real, mas dela fujo!
Sentamo-nos, então, no bege do colchão. Suportamos a alegria da imagem do dia.
E quando tudo parece escapar...voltamos a errar. Não compreendo!
Assim mesmo sorrimos, uns às outras e vice-versa...procuramos equivalências e incertezas. Não mais que insectos vagueamos na raridade...sem querer perder o que não temos.
Multipliquem-se os caminhos, torturem-se os pesadelos pois preferimos estar "in" que (in)ertes. Como se de um vale imperfeito nos valêcemos.
Ao som de um violino escrevem-se tristezas! Já ouviram? Como um zumbido que atesta a loucura de quem sabe voar.
E o público entoa cânticos de embalar...entristecer, renascer a acabar. Nesta terra, como no céu, abrimos as mãos à espera de mais! Mais tudo, de tudo, para tudo! Infinitos sem fim! Pois...sim, é isso. Destruam-se as antigas perfeições...deitemo-las ao rio! E com orgulho olhemos a corrente.
O Tempo! Esse? Qual? Ajudem-me...qual deles? Este vale é escarpado e pequenos percalços valem quedas intemporais! Um segundo é perfeito. Mas quantos perfeitos leva um minuto? Talvez o violino que grita de paixão compreenda...eu não!
A voz da imperfeição é real, mas dela fujo!
Sentamo-nos, então, no bege do colchão. Suportamos a alegria da imagem do dia.
E quando tudo parece escapar...voltamos a errar. Não compreendo!
domingo, 4 de setembro de 2011
Pausas!
Um momento por favor, digo eu a mim próprio. Os movimentos, as sensações, os olhares...são absorvidos intensamente e tudo isto me cansa. Faz uma pausa! Vê-te no teu tu e deixa-te levar pelo tempo que pára, digo-me quando estou no limite. Canso-me de mim e do que à minha volta não pára de acontecer...estou vivo! Mas preciso de mim e não me tenho porque não estou aí. Já estive...ainda agora, mas o centro da minha existência faz-me vibrar, sonhar, aprender e então esqueço-me de parar. Preciso de uma pausa...pausas.
Ontem tive medo...de ser feliz! Porque a felicidade carrega-me de intensas sensações que não quero perder. E se as tenho...posso perdê-las, esquecê-las... Então o tempo passa e recordo o medo, não o sorriso. Para quê? Por isso paro!
Na pausa...nas pausas consigo ouvir-me, qual frequência de rádio pirata, ouço-me abrandar. E aí perco o medo, porque aceito a perda...mesmo que apenas ganhe. Vejo o lado de lá da alta montanha. A acalmia depois da tempestade. O sol acima das nuvens. Deixo de sentir a fuga e aceito ser feliz.
Olho da minha janela uma cidade adormecida, então fecho os olhos e deixo o meu espírito avançar. Como se de um nada eu me tratasse. Deixo de sentir, de pensar, de observar...e descanso. Que felicidade o saber ser feliz...o perder o medo de perder. Aceitar que a chuva também é vida e que as lágrimas são livros brancos, por escrever. Estou em pausa...as minhas pausas.
Quão maravilhoso é o silêncio, enquanto levito sobre mim próprio. Sou um tolo que de mãos abertas convida as mais ténues brisas a arrepiar os poros de um corpo adormecido. Um coração que bate lentamente...para consertar feridas antigas, quais pavimentos quebrados por neves eternas. O sol que aquece a minha pausa, seca lagos de sal cujas fontes foram olhos encharcados. E então estou em pausa...
Ontem tive medo...de ser feliz! Porque a felicidade carrega-me de intensas sensações que não quero perder. E se as tenho...posso perdê-las, esquecê-las... Então o tempo passa e recordo o medo, não o sorriso. Para quê? Por isso paro!
Na pausa...nas pausas consigo ouvir-me, qual frequência de rádio pirata, ouço-me abrandar. E aí perco o medo, porque aceito a perda...mesmo que apenas ganhe. Vejo o lado de lá da alta montanha. A acalmia depois da tempestade. O sol acima das nuvens. Deixo de sentir a fuga e aceito ser feliz.
Olho da minha janela uma cidade adormecida, então fecho os olhos e deixo o meu espírito avançar. Como se de um nada eu me tratasse. Deixo de sentir, de pensar, de observar...e descanso. Que felicidade o saber ser feliz...o perder o medo de perder. Aceitar que a chuva também é vida e que as lágrimas são livros brancos, por escrever. Estou em pausa...as minhas pausas.
Quão maravilhoso é o silêncio, enquanto levito sobre mim próprio. Sou um tolo que de mãos abertas convida as mais ténues brisas a arrepiar os poros de um corpo adormecido. Um coração que bate lentamente...para consertar feridas antigas, quais pavimentos quebrados por neves eternas. O sol que aquece a minha pausa, seca lagos de sal cujas fontes foram olhos encharcados. E então estou em pausa...
segunda-feira, 29 de agosto de 2011
Eu (vi)vi...
Quero contar o que vejo mas as palavras escapam como gotas na chuva. Vi uma gaivota desaparecer no pôr-do-sol, uma aldeia sucumbir às chamas enquanto corria. Vi alegria nos tristes e desespero nos felizes. Aceito perder para ver viver...
Queria falar dos sentimentos que conheci e os quais senti no momento, mas fico sem voz ao recordar. Por isso olho para as memórias com carinho e a elas dou mimo numa solidão envolvente que me pertence, só a mim. Fui eu...
Conto a quem me quer ouvir, que sou feliz. Tenho comigo a felicidade de saber quem sou, onde estive e como pensei, evoluí. Adormecem-me os dedos quando com esforço recordo o que vi...tanto. Dei saltos sobre lagos à chuva e sentindo-a, ri alto. Acordei numa praia deserta com gotas de suor no pescoço e um vulto a meu lado. Olhei para o céu estrelado no meio do oceano e contei estrelas cadentes. Oh como seria feliz se desenhasse as caras que me rodeiam.
Grito ao som do silêncio que estou pronto...mas ele não responde. Talvez porque me quer lembrar que as memórias não têm som, qual cinema de Charlie Chaplin. E ao silêncio aceno com carinho porque, quem sabe, ele compreende-me.
Vi amores verdadeiros e com eles sonhei. Vi sofrimentos de quem apenas respira, de quem não merece e de quem atirou a primeira pedra. Vi felicidades estampadas em peles morenas, quais tatuagens sem sentido. Vi olhares de orgulho ferido e outros que amavam só porque sim. Vi-te ver-me e eu a ti...
Vi estradas sem fim, as quais conduzi sem parar. Vi destinos chegarem perto e neles toquei. Viajei por tempos que pareciam eternizar os segundos em que nada procuro, apenas por ali passar. Oh certezas incertas, que bom viver-vos porque me sinto acordar.
(...) ...queria dizer mais, muito mais....mas quando as palavras faltam, o silêncio da voz criou sons perfeitos que me adormecem os dedos, me fecham os olhos e me fazem sonhar...
http://www.youtube.com/watch?v=xi_0wdXg4YE&feature=related
Queria falar dos sentimentos que conheci e os quais senti no momento, mas fico sem voz ao recordar. Por isso olho para as memórias com carinho e a elas dou mimo numa solidão envolvente que me pertence, só a mim. Fui eu...
Conto a quem me quer ouvir, que sou feliz. Tenho comigo a felicidade de saber quem sou, onde estive e como pensei, evoluí. Adormecem-me os dedos quando com esforço recordo o que vi...tanto. Dei saltos sobre lagos à chuva e sentindo-a, ri alto. Acordei numa praia deserta com gotas de suor no pescoço e um vulto a meu lado. Olhei para o céu estrelado no meio do oceano e contei estrelas cadentes. Oh como seria feliz se desenhasse as caras que me rodeiam.
Grito ao som do silêncio que estou pronto...mas ele não responde. Talvez porque me quer lembrar que as memórias não têm som, qual cinema de Charlie Chaplin. E ao silêncio aceno com carinho porque, quem sabe, ele compreende-me.
Vi amores verdadeiros e com eles sonhei. Vi sofrimentos de quem apenas respira, de quem não merece e de quem atirou a primeira pedra. Vi felicidades estampadas em peles morenas, quais tatuagens sem sentido. Vi olhares de orgulho ferido e outros que amavam só porque sim. Vi-te ver-me e eu a ti...
Vi estradas sem fim, as quais conduzi sem parar. Vi destinos chegarem perto e neles toquei. Viajei por tempos que pareciam eternizar os segundos em que nada procuro, apenas por ali passar. Oh certezas incertas, que bom viver-vos porque me sinto acordar.
(...) ...queria dizer mais, muito mais....mas quando as palavras faltam, o silêncio da voz criou sons perfeitos que me adormecem os dedos, me fecham os olhos e me fazem sonhar...
http://www.youtube.com/watch?v=xi_0wdXg4YE&feature=related
sábado, 23 de julho de 2011
Sabemos demais!
Os tempos decorrem, assim se diz, mudam-se. As vontades estão diferentes. Sim, sabemos demais.
Sociedades de informação transmitem ao mais distraído a forma de estar. Como que chips de um qualquer iPad absorvemos a normalidade anormal de quem sabe reagir. Reagimos ao acto da mesma forma como nos é apresentado pela caixa mágica, passamos a ser actores e actrizes dos filmes das nossas vidas. Já nada é inconsciente! Julgamos os outros com exemplos anteriores, conhecidos. Quais robôs amestrados pela evolução...
Passou a faltar-nos verdade. Se olho para ti, quero-te...nem que não te queira. Se olhas para outro, tenho de mudar de humor...mesmo que não me importe. Porque é assim que deve ser. Se agora sorriste, tenho de analisar...porque não confio. Não confias e por isso tens de reagir segundo manuais experimentados. E as situações repetem-se; entre ti e aquele, entre aquele e aquela, entre nós e os outros. Já nada difere...porque passámos a autómatos. Sabemos demais.
Que é feito de amores únicos? Aquelas histórias diferentes, aquelas surpresas divinas que nos faziam sonhar.
As conversas, hoje, têm um fundo corrente, presente em todas. "Foi exactamente isso que me aconteceu", "Também já passei por isso", "Sei bem do que falas". Parece que vivemos todos tudo o que os demais viveram... Grandes amores, grandes males, grande aventuras, grandes desilusões. E então faço o que fizeste, digo o que disseste, não penso por mim.
Riem-se aqueles e aquelas que se acham únicos. Mas mesmo esses e essas padecem do conhecimento de tudo. Também eles e elas formatam as atitudes mediante o jogo. Que faço agora? Ah, é assim que se faz, a minha vida dava um filme...e porque o actor assim o disse, também o direi. Há exemplos de TUDO nos outros! Como tal, assim farei, assim faço, assim fiz.
Sabemos demais! Chegamos ao fim da vida e olhamos para trás, quem somos? O que fizemos? Tudo! Porque vivemos a vida com cópias uns dos outros...também eu!
Cansei-me do jogo! Quero ser surpreendido e surpreender. Não quero contar com o que vou fazer, muito menos com o que vais fazer. Não quero saber! Sonho em ser original...sem saber que também o serás!
Quero reagir como ninguém o fez. Quero ficar no meio da ponte, sem saber de onde vens. Quero sonhar com momentos estranhos aos quais não sei reagir, quero voar apesar de asas não ter. É assim tão difícil? Cala-te quando acho que vais falar. Canta quando estiveres para chorar. Ri alto quando for altura de silenciares a tua voz. Estou tão farto de saber demais.
Sociedades de informação transmitem ao mais distraído a forma de estar. Como que chips de um qualquer iPad absorvemos a normalidade anormal de quem sabe reagir. Reagimos ao acto da mesma forma como nos é apresentado pela caixa mágica, passamos a ser actores e actrizes dos filmes das nossas vidas. Já nada é inconsciente! Julgamos os outros com exemplos anteriores, conhecidos. Quais robôs amestrados pela evolução...
Passou a faltar-nos verdade. Se olho para ti, quero-te...nem que não te queira. Se olhas para outro, tenho de mudar de humor...mesmo que não me importe. Porque é assim que deve ser. Se agora sorriste, tenho de analisar...porque não confio. Não confias e por isso tens de reagir segundo manuais experimentados. E as situações repetem-se; entre ti e aquele, entre aquele e aquela, entre nós e os outros. Já nada difere...porque passámos a autómatos. Sabemos demais.
Que é feito de amores únicos? Aquelas histórias diferentes, aquelas surpresas divinas que nos faziam sonhar.
As conversas, hoje, têm um fundo corrente, presente em todas. "Foi exactamente isso que me aconteceu", "Também já passei por isso", "Sei bem do que falas". Parece que vivemos todos tudo o que os demais viveram... Grandes amores, grandes males, grande aventuras, grandes desilusões. E então faço o que fizeste, digo o que disseste, não penso por mim.
Riem-se aqueles e aquelas que se acham únicos. Mas mesmo esses e essas padecem do conhecimento de tudo. Também eles e elas formatam as atitudes mediante o jogo. Que faço agora? Ah, é assim que se faz, a minha vida dava um filme...e porque o actor assim o disse, também o direi. Há exemplos de TUDO nos outros! Como tal, assim farei, assim faço, assim fiz.
Sabemos demais! Chegamos ao fim da vida e olhamos para trás, quem somos? O que fizemos? Tudo! Porque vivemos a vida com cópias uns dos outros...também eu!
Cansei-me do jogo! Quero ser surpreendido e surpreender. Não quero contar com o que vou fazer, muito menos com o que vais fazer. Não quero saber! Sonho em ser original...sem saber que também o serás!
Quero reagir como ninguém o fez. Quero ficar no meio da ponte, sem saber de onde vens. Quero sonhar com momentos estranhos aos quais não sei reagir, quero voar apesar de asas não ter. É assim tão difícil? Cala-te quando acho que vais falar. Canta quando estiveres para chorar. Ri alto quando for altura de silenciares a tua voz. Estou tão farto de saber demais.
segunda-feira, 11 de julho de 2011
Uma história sem princípio
Possam as aves levantar dos campos junto ao lago, onde corro sem parar. Movam-se as nuvens bem depressa e deixem passar a luz do sol que me afaga a face. Para cima olho e de expressão serrada sorrio ao ar que me aquece as mãos enquanto festejo a subida da colina. Cheguei! Deixem passar o sonho...
Abram-se as alas ao navio que chega ao porto e com ondas leves anuncia vidas vividas. Faça-se o silêncio porque há quem as queira contar.
Era uma vez uma história...uma história com histórias, de viagens longínquas. corridas sem fim. Ao fundo as memórias dos toques profanos de mãos apaixonadas e lábios redondos. Sons arcaicos ondulam pelas mentes de quem a conta...a história.
Procurava uma concha, de pés na água quente de um rio. Mas as conchas no mar viviam e ao rio não iam com medo do fim. Por isso procurei respostas no fundo dos tempos, por caminhos incompletos sem nada para dar. Inundei planícies com ondas de areia sem saber de nada...mesmo de nada.
Então parei e respirei. Não mais... Formam-se fumos coloridos em vasos de lama, quais águas cristalinas em tempos de chuva. E com tais pensamentos atravesso vidas, desperdiço canções, abraço errantes.
Oh que paixão desmedida me faz aprender... Perder...
Decidi então terminar, como que te abraçar...pela última vez.
Outros navios hão-de chegar e em portos distantes se ouvirão as vozes; os sons do tempo que passou, do amor que cedeu e nas colinas correu...
Abram-se as alas ao navio que chega ao porto e com ondas leves anuncia vidas vividas. Faça-se o silêncio porque há quem as queira contar.
Era uma vez uma história...uma história com histórias, de viagens longínquas. corridas sem fim. Ao fundo as memórias dos toques profanos de mãos apaixonadas e lábios redondos. Sons arcaicos ondulam pelas mentes de quem a conta...a história.
Procurava uma concha, de pés na água quente de um rio. Mas as conchas no mar viviam e ao rio não iam com medo do fim. Por isso procurei respostas no fundo dos tempos, por caminhos incompletos sem nada para dar. Inundei planícies com ondas de areia sem saber de nada...mesmo de nada.
Então parei e respirei. Não mais... Formam-se fumos coloridos em vasos de lama, quais águas cristalinas em tempos de chuva. E com tais pensamentos atravesso vidas, desperdiço canções, abraço errantes.
Oh que paixão desmedida me faz aprender... Perder...
Decidi então terminar, como que te abraçar...pela última vez.
Outros navios hão-de chegar e em portos distantes se ouvirão as vozes; os sons do tempo que passou, do amor que cedeu e nas colinas correu...
sexta-feira, 24 de junho de 2011
Terra dos meus sonhos
Acredito! Sim, é verdade. Acredito no poder das pessoas, no querer fazer mais e melhor. Sou produto de uma humanidade em expansão, qual universo estelar...infinito.
Hoje vi-me no centro do mundo, do meu mundo, onde olho para cima e em linha recta subo. Vejo que tudo converge, tudo afunila e tudo daí parte. Que descontrolo controlado. Esta América perdida, esta terra de pecados simpáticos que me chama e me quer por cá...e a ela pertenço, apesar de lhe fugir. Mas volto, como filho pródigo de um casamento separado pelas águas de um oceano.
Vi-me no meio de tantos e tantas, que como eu sorriem e caminham de espirito levantado, erguido acima do medo do que vem. A sequência de eventos é real e nada nem ninguém a pode desviar. Somos resultado do que fizemos, do que nos fizeram e farão. Mas por ruas e avenidas numeradas prosseguimos e alcançamos metas, felizes ou infelizes...mas alcançamos-las. E aceitamos sorrir, apesar da dor...que nos tranforma e nos faz sonhar por mais.
Hoje vi-me no centro do mundo, do meu mundo, onde olho para cima e em linha recta subo. Vejo que tudo converge, tudo afunila e tudo daí parte. Que descontrolo controlado. Esta América perdida, esta terra de pecados simpáticos que me chama e me quer por cá...e a ela pertenço, apesar de lhe fugir. Mas volto, como filho pródigo de um casamento separado pelas águas de um oceano.
Vi-me no meio de tantos e tantas, que como eu sorriem e caminham de espirito levantado, erguido acima do medo do que vem. A sequência de eventos é real e nada nem ninguém a pode desviar. Somos resultado do que fizemos, do que nos fizeram e farão. Mas por ruas e avenidas numeradas prosseguimos e alcançamos metas, felizes ou infelizes...mas alcançamos-las. E aceitamos sorrir, apesar da dor...que nos tranforma e nos faz sonhar por mais.
quarta-feira, 8 de junho de 2011
Dá-me dois minutos
Dá-me dois minutos. Dá-me a o tempo de um sorriso, a queda de uma pétala, o piscar de uma pálpebra. Não te peço o mundo mas o que nele sentes. Olha o brilho das estrelas e atravessa os teus muros. Acredita nos sentimentos e apaga o que desperta os teus medos.
Olham-me com sorrisos atrevidos e tatuam-me seres estranhos. Não! Não sou o que dizem, o que aparento ser. Um olhar faminto que as olha sem limites. Uma pedra que rola sem parar ou um bocado de tinta nas carteiras de outras tantas. Sou mais, muito mais. Nada mais quero que o teu expirar...junto ao meu. Apenas a pétala que deitas ao chão quando caminhas no jardim.
Agora entendo porque fui infeliz, porque não entendia a expressão de quem para mim olhou.
Sou pedaço de tigre em corpo de lobo. Caminho lentamente em alcateias de apressados. Pensava que me vias com listas, mas de mim fugias com medo dos uivos. Pareço-te parte de um grupo de cães selvagens que derrotam aldeias de seres simples. Desculpa.
Recordo momentos de caça voraz entre parceiros de luta. Mas com eles corri sem pensar. Sou mais. Procuro selvas de ervas altas, palhas laranja com sementes negras para nelas me confundir. Não corro, nunca quis correr em grupos de feras selvagens...qual cena de pradarias ocidentais. Quero ficar bem longe! Para te mostrar do que sou capaz.
Afasta o pensamento do olhar penetrante. Não o vejas como águia que procura a presa. Vê antes mais fundo, um errante arrependido cujo destino termina em ti.
Ainda há quem não me entenda...que o não sejas tu! Dá-me dois minutos e deixar-te-ei entrar. Num mundo só meu...apenas teu. Dá-me uma chance de to provar.
Quero levar-te bem longe. Para terras distantes onde encontrarás o teu tu. Quero deixar-te correr por vales inóspitos onde és rainha do universo...onde o mais pequeno ser te venera. Ao teu lado caminharei como quem defende um reino. Afastarei os audazes e dar-te-ei a mão.
Se ainda assim tens medo...de mim, do que te posso trazer, de onde te posso levar...esquece-me por dois minutos e olha-me de novo. Então saberás.
Dá-me dois minutos...e em tão pouco tempo sorrirás eternamente.
quinta-feira, 2 de junho de 2011
Conta comigo
E a história assim canta, com tinta esborratada e papel amarfanhado. Dança comigo, ó destino imaculado. Faz-me sentir de novo o prazer de te enganar. E noutras lutas fui vencido...mas logo me ergui. Por te ver sorrir.
Sou sonho de umas, cavaleiro de outras. Bebo vidas sem me aperceber que delas vivo.
Acontece que espalho gargalhadas...desculpa, mas não deixarei de o fazer.
Olha para as avenidas da grande cidade e procura! É aí que vivo, caminho e danço ao som de buzinas atropeladas e paredes torcidas dignas de filmes de segunda. Queres ver-me, conhecer-me? Sei lá, ter-me até? Então deixa-me fugir. Perde-me! Deixa-me envolver em ruas empregnadas de gente fantasiada. Logo me encontrarás, se souberes como, se aprenderes a sorrir.
Veste uma t-shirt e umas jeans, um vestido curto ou uma túnica única. Não tentes florear as florestas ou jardinar as paisagens. Deixa-te levar por ti própria e verás que aí estou!
Agora? Não sou sobre ti. Não me descrevem a ti, nem junto a ti. Peças soltas de tantas histórias e por isso dizes...que tenho eu a oferecer-te? Tu? Nada!
O palco do mundo foi desenhado para nele andares e nele descreveres sentidos. Conta comigo para rires bem alto até ao fim dos tempos.
Sou sonho de umas, cavaleiro de outras. Bebo vidas sem me aperceber que delas vivo.
Acontece que espalho gargalhadas...desculpa, mas não deixarei de o fazer.
Olha para as avenidas da grande cidade e procura! É aí que vivo, caminho e danço ao som de buzinas atropeladas e paredes torcidas dignas de filmes de segunda. Queres ver-me, conhecer-me? Sei lá, ter-me até? Então deixa-me fugir. Perde-me! Deixa-me envolver em ruas empregnadas de gente fantasiada. Logo me encontrarás, se souberes como, se aprenderes a sorrir.
Veste uma t-shirt e umas jeans, um vestido curto ou uma túnica única. Não tentes florear as florestas ou jardinar as paisagens. Deixa-te levar por ti própria e verás que aí estou!
Agora? Não sou sobre ti. Não me descrevem a ti, nem junto a ti. Peças soltas de tantas histórias e por isso dizes...que tenho eu a oferecer-te? Tu? Nada!
O palco do mundo foi desenhado para nele andares e nele descreveres sentidos. Conta comigo para rires bem alto até ao fim dos tempos.
sexta-feira, 6 de maio de 2011
Planos simples...
Isto não é o que planeei para nós. Ontem vi-te no banco em frente à praia e salvaste-me o dia... Não, não te falei porque não te conheço, nem tentei fazê-lo. Estavas no teu mundo e só o céu sabe se os nossos sonhos vêm ou vão. Ainda assim seguraste na minha mão. E sabes o melhor? Deus não está triste comigo... Há um espaço no meu mundo onde serás feliz.
Não te perguntaste porque passei por ti? Não te perguntas onde estarias se contigo tivesse eu falado? Espero que que compreendas que isto não foi o que planeei para nós. Compreende que quero fazer de ti a mulher mais feliz do mundo... Talvez por isso tenha sentimentos que me afastam. Espelhos de pegadas na praia transportam memórias sem destino. Onde vais?
Conheço o teu olhar que devasta as ondas do mais atrevido. Foi esse o momento mágico que me atropelou. E por isso não falei contigo. Na tua vida existe um círculo de fogo, lindo, quente. Dizes que não é para atravessar e eu respondo...e então? Não quero fazê-lo, não sei porquê... Podes dizer-mo?
A luz não encandeia tantos caminhos, então porquê abrir os olhos? Fecha-os e toca-me...porquê? Porque sou o centro do que vai mudar na tua vida. Sorrirás eternamente ao som de um groove calmo e relaxante. Prometo poucas certezas, mas as que tenho deixarão legados eternos! E todos os dias serão espelho do que sinto...Deus não está triste comigo!
E isso salvará o dia!
Não te perguntaste porque passei por ti? Não te perguntas onde estarias se contigo tivesse eu falado? Espero que que compreendas que isto não foi o que planeei para nós. Compreende que quero fazer de ti a mulher mais feliz do mundo... Talvez por isso tenha sentimentos que me afastam. Espelhos de pegadas na praia transportam memórias sem destino. Onde vais?
Conheço o teu olhar que devasta as ondas do mais atrevido. Foi esse o momento mágico que me atropelou. E por isso não falei contigo. Na tua vida existe um círculo de fogo, lindo, quente. Dizes que não é para atravessar e eu respondo...e então? Não quero fazê-lo, não sei porquê... Podes dizer-mo?
A luz não encandeia tantos caminhos, então porquê abrir os olhos? Fecha-os e toca-me...porquê? Porque sou o centro do que vai mudar na tua vida. Sorrirás eternamente ao som de um groove calmo e relaxante. Prometo poucas certezas, mas as que tenho deixarão legados eternos! E todos os dias serão espelho do que sinto...Deus não está triste comigo!
E isso salvará o dia!
sexta-feira, 25 de março de 2011
Perdição de Cavalheiro - Joshua
Mudam-se os tempos...pois!
As valsas deixaram de valer! Ok, para alguns mantêm-se. Dançar uma em NY frente à ópera não dá que falar...pelo contrário. Daí Joshua, o tolo, estar a deslocar-se...
Abrir a porta e deixá-la passar, ter o cuidado de ficar SEMPRE do lado de fora do passeio, isso, é para os tolos! Mas desculpem, Joshua dá um murro na mesa e, continua do lado desses!
Subir à frente nas escadas e descer da mesma forma. Ter o cuidado de sair das 4 rodas e abrir-lhe a porta...nem que chova!
Não vale a pena dizer que não é necessário, Joshua fá-lo...ainda que com isso perca. Cavalheiros há muitos...os tolos.
Perdição de Cavalheiro. Considerados aves raras, partilham de valores inabaláveis...os outros, aliás, as outras que desculpem. Não se trata de preciosismos, de pretensiosismos, ou outros ismos por adiante. Trata-se de algo perdido pelos tempos de evolução de calças descaídas! Sorry, Joshua não!
Cavalheiro e nada mais...é mais forte que ele, assim foi criado e assim será. Desculpem mas...quem "suportar" ser bem tratada...verá que compensa.
Uha!
As valsas deixaram de valer! Ok, para alguns mantêm-se. Dançar uma em NY frente à ópera não dá que falar...pelo contrário. Daí Joshua, o tolo, estar a deslocar-se...
Abrir a porta e deixá-la passar, ter o cuidado de ficar SEMPRE do lado de fora do passeio, isso, é para os tolos! Mas desculpem, Joshua dá um murro na mesa e, continua do lado desses!
Subir à frente nas escadas e descer da mesma forma. Ter o cuidado de sair das 4 rodas e abrir-lhe a porta...nem que chova!
Não vale a pena dizer que não é necessário, Joshua fá-lo...ainda que com isso perca. Cavalheiros há muitos...os tolos.
Perdição de Cavalheiro. Considerados aves raras, partilham de valores inabaláveis...os outros, aliás, as outras que desculpem. Não se trata de preciosismos, de pretensiosismos, ou outros ismos por adiante. Trata-se de algo perdido pelos tempos de evolução de calças descaídas! Sorry, Joshua não!
Cavalheiro e nada mais...é mais forte que ele, assim foi criado e assim será. Desculpem mas...quem "suportar" ser bem tratada...verá que compensa.
Uha!
domingo, 20 de março de 2011
Vamos fingir...
Vamos fingir...
Que vivi parte de um filme, parte de um enceno frágil cujo fim anunciado derramou lágrimas na plateia. Fingir que a dor que me causaram, não foi mais que um aceno falso de uma outra personagem.
Vamos fingir que a traição, repetida, seguia apenas um guião escrito por quem, de verdade, sofreu. Que o céu não desmoronou e as estrelas ali estão.
Vamos fingir...
Que quem me jurou eternidade, num momento de dor profunda, de desalento, não me abandonou. Que isso, nada mais foi que um sonho...um pesadelo. Vamos fingir que apesar de cravado de balas, não fui atacado pela maldade de quem vive só por si. Vamos fingir... Que depois de tudo ter dado, nada mais me foi tirado. Que não me restou que não o espírito e, de repente, órfão do mundo fiquei.
Vamos fingir...
Que as promessas foram cumpridas, os beijos verdadeiros e as lutas com sentido. Vamos fingir! Que o amor que me ofereceram era eterno...incondicional.
Vamos fingir...
Que a vida não seguiu. Que o mar distante a ti não me levou, vizinha sem saber. Vamos fingir...que o calor do paraíso não me alertou para o teu olhar. Que as palavras trocadas, durante horas, durante noites, nada disseram e com o vento partiram. Que não sucumbi ao teu fervor. Vamos fingir! Que no presente morreram as memórias e com elas o sentimento...
Vamos fingir...
Que ainda aí estás! Que o teu coração ainda sente e a tua mão no vidro toca quando a minha se ergue. Vamos fingir que a coragem te deu forças, que combateste as incertezas e em mim depositaste a vontade! Que em mim acreditaste e não fugiste. Que a minha calma não te levou a duvidar.
Vamos fingir...
Que fiquei parte da tua margem e do teu caminho. E que devagar avançarei em direcção a ti... Vamos fingir! Que na praia, sentada, me aguardarás com o teu sorriso, qual sol nascente que ilumina o universo.
Vamos fingir...
Que os fortes em mim não depositaram as suas forças. Que a amizade dos verdadeiros cavaleiros e princesas a mim não se estendeu. Vamos fingir que o desespero da solidão me perseguiu e sozinho tive de caminhar. Que quem me viu, estendido no passeio, esfomeado de razões, não me agarrou e abraçou. Que nesta guerra não tive um exército que comigo batalhou e venceu!
Vamos fingir...
Que a vida não me sorriu e a certeza me abandonou. Que um novo mundo de mim escapou, cheio de cor, sonhos e amores.
Mas fingir! Só a fingir!
Porque mais, muito mais que um filme a vida foi! Porque apesar das lágrimas da plateia, que de pé me saudou, o fim não chegou. Porque a dor foi mais intensa que a morte. A traição foi real, repetida e repetida...repetida e repetida! Porque as estrelas partiram...até voltarem, um dia.
A fingir...
Porque o eterno juramento depressa terminou e o pesadelo foi real. A maldade perseguiu-me até tocar o espírito...com egoísmo, tanto... Porque tudo perdi e, desamparado, ali fiquei.
A fingir...
Porque as promessas se perderam e o beijos, esses, foram mentiras.
Só fingir...
Pois a vida para a frente partiu. E em terras distantes o vento soprou. Com leves contornos os teus olhos em mim se fixaram. Vamos só fingir...porque o tempo eternizou as palavras e o sentimento nunca, nunca, me abandonou!
A fingir...
Porque partiste demasiado cedo. A tua mão deixou de se erguer e as tuas forças deixaram de combater. Porque a minha calma te assustou...
A fingir...
Porque a praia está deserta. As ondas para trás me puxam e o mar quer-me para ele.
Só fingir...
Porque a força dos que lutam arrancou-me do chão! Conheci a amizade dos meus pares e sozinho nunca caminhei. Porque me abraçaram e comigo lutaram com exércitos de milhões!
A fingir...
Porque o mundo me sorriu! E a cor das certezas deu-me sonhos...e amores!
Vamos fingir...mas só fingir!
Porque daqui parti e aqui cheguei! Sou peça de um mundo melhor, muito melhor...porque nunca, nunca fingi!
Que vivi parte de um filme, parte de um enceno frágil cujo fim anunciado derramou lágrimas na plateia. Fingir que a dor que me causaram, não foi mais que um aceno falso de uma outra personagem.
Vamos fingir que a traição, repetida, seguia apenas um guião escrito por quem, de verdade, sofreu. Que o céu não desmoronou e as estrelas ali estão.
Vamos fingir...
Que quem me jurou eternidade, num momento de dor profunda, de desalento, não me abandonou. Que isso, nada mais foi que um sonho...um pesadelo. Vamos fingir que apesar de cravado de balas, não fui atacado pela maldade de quem vive só por si. Vamos fingir... Que depois de tudo ter dado, nada mais me foi tirado. Que não me restou que não o espírito e, de repente, órfão do mundo fiquei.
Vamos fingir...
Que as promessas foram cumpridas, os beijos verdadeiros e as lutas com sentido. Vamos fingir! Que o amor que me ofereceram era eterno...incondicional.
Vamos fingir...
Que a vida não seguiu. Que o mar distante a ti não me levou, vizinha sem saber. Vamos fingir...que o calor do paraíso não me alertou para o teu olhar. Que as palavras trocadas, durante horas, durante noites, nada disseram e com o vento partiram. Que não sucumbi ao teu fervor. Vamos fingir! Que no presente morreram as memórias e com elas o sentimento...
Vamos fingir...
Que ainda aí estás! Que o teu coração ainda sente e a tua mão no vidro toca quando a minha se ergue. Vamos fingir que a coragem te deu forças, que combateste as incertezas e em mim depositaste a vontade! Que em mim acreditaste e não fugiste. Que a minha calma não te levou a duvidar.
Vamos fingir...
Que fiquei parte da tua margem e do teu caminho. E que devagar avançarei em direcção a ti... Vamos fingir! Que na praia, sentada, me aguardarás com o teu sorriso, qual sol nascente que ilumina o universo.
Vamos fingir...
Que os fortes em mim não depositaram as suas forças. Que a amizade dos verdadeiros cavaleiros e princesas a mim não se estendeu. Vamos fingir que o desespero da solidão me perseguiu e sozinho tive de caminhar. Que quem me viu, estendido no passeio, esfomeado de razões, não me agarrou e abraçou. Que nesta guerra não tive um exército que comigo batalhou e venceu!
Vamos fingir...
Que a vida não me sorriu e a certeza me abandonou. Que um novo mundo de mim escapou, cheio de cor, sonhos e amores.
Mas fingir! Só a fingir!
Porque mais, muito mais que um filme a vida foi! Porque apesar das lágrimas da plateia, que de pé me saudou, o fim não chegou. Porque a dor foi mais intensa que a morte. A traição foi real, repetida e repetida...repetida e repetida! Porque as estrelas partiram...até voltarem, um dia.
A fingir...
Porque o eterno juramento depressa terminou e o pesadelo foi real. A maldade perseguiu-me até tocar o espírito...com egoísmo, tanto... Porque tudo perdi e, desamparado, ali fiquei.
A fingir...
Porque as promessas se perderam e o beijos, esses, foram mentiras.
Só fingir...
Pois a vida para a frente partiu. E em terras distantes o vento soprou. Com leves contornos os teus olhos em mim se fixaram. Vamos só fingir...porque o tempo eternizou as palavras e o sentimento nunca, nunca, me abandonou!
A fingir...
Porque partiste demasiado cedo. A tua mão deixou de se erguer e as tuas forças deixaram de combater. Porque a minha calma te assustou...
A fingir...
Porque a praia está deserta. As ondas para trás me puxam e o mar quer-me para ele.
Só fingir...
Porque a força dos que lutam arrancou-me do chão! Conheci a amizade dos meus pares e sozinho nunca caminhei. Porque me abraçaram e comigo lutaram com exércitos de milhões!
A fingir...
Porque o mundo me sorriu! E a cor das certezas deu-me sonhos...e amores!
Vamos fingir...mas só fingir!
Porque daqui parti e aqui cheguei! Sou peça de um mundo melhor, muito melhor...porque nunca, nunca fingi!
quarta-feira, 16 de março de 2011
Vidas "particulares"
As vidas diferem! Somos almas trabalhadas, com história, com histórias. Somos resultado de momentos particulares que nos alertam e nos moldam o pensamento. A nossa forma de estar, de ser, atravessa realidades únicas e muitas vezes incongruentes. Acima de tudo, tornamo-nos fortes ou fracos, alegres ou tristes, consoante o momento em que decidimos, ou não, actuar.
Planear acontecimentos não é para todos. Aqueles há que, apesar de não conhecerem o futuro, apetrecham-se das mais inocentes armas para combater as incertezas do caminho. Tornam-nas certezas! E, como tal, conseguem manter-se numa linha condutora traçada por eles mesmos. São felizes...há sua maneira. Planeiam, actuam e o resultado é o esperado. Apesar das vississitudes do presente, devagarinho, conseguem-no. E continuam.
Outros, incapazes de chegar a bom porto apesar dos planos de viagem, desprezam o sabor do destino. Observam os acontecimentos e são atirados borda fora do navio. Então deixam-se afogar...uma vez e outra. Mas vão indo. E a praia, se existir, há-de chegar.
Há ainda aqueles que desistem, porque não? Parasitar pelas avenidas tem mais, muito mais liberdade. Defendem-se da sociedade com recurso ao que os faz voar. Perdem valores, intenções e capacidades...mas respiram, até um dia.
Os que não traçam planos, os sonhadores, deixam que a surpresa tome conta. Às vezes bem, outras vezes mal, são surpreendidos por momentos de alegria...ou, desespero. Mas adaptam-se. Deixam-se estar e algum vento os há-de levar.
Sim, assim os vejo. Não gosto de me incluir em nenhum deles...sou todos.
Saboreio a insultentável leveza do particular.
Planeio chegar a bom porto, reuno as armas para a luta e aí vou eu. Sou atirado à água violentamente...mas quando abro os olhos estou noutra praia. Pronto para regressar à luta, olho em volta e então desisto! Desisto de lutar por esta mesma causa porque encontrei outra melhor, feita à minha medida, paradisíaca. Um amor vizinho numa terra distante, um bom emprego em época de crise, um amigo no deserto, um momento quente no meio do gelo.
Valerá a pena para aqueles como eu traçar planos? Sim, decididamente sim! Porque conscientemente aceito que à meta poderei não chegar. No decorrer da luta serei atirado ao ar, mas quando cair, olharei em volta e noutra batalha estarei. Com novas armas, com novos adversários, com novos cenários. E assim luto. Alcanço sonhos perdidos no tempo, sou levado pela vida e aceito-a, porque sempre, sempre, me traz aqui.
Queres vir comigo?
Planear acontecimentos não é para todos. Aqueles há que, apesar de não conhecerem o futuro, apetrecham-se das mais inocentes armas para combater as incertezas do caminho. Tornam-nas certezas! E, como tal, conseguem manter-se numa linha condutora traçada por eles mesmos. São felizes...há sua maneira. Planeiam, actuam e o resultado é o esperado. Apesar das vississitudes do presente, devagarinho, conseguem-no. E continuam.
Outros, incapazes de chegar a bom porto apesar dos planos de viagem, desprezam o sabor do destino. Observam os acontecimentos e são atirados borda fora do navio. Então deixam-se afogar...uma vez e outra. Mas vão indo. E a praia, se existir, há-de chegar.
Há ainda aqueles que desistem, porque não? Parasitar pelas avenidas tem mais, muito mais liberdade. Defendem-se da sociedade com recurso ao que os faz voar. Perdem valores, intenções e capacidades...mas respiram, até um dia.
Os que não traçam planos, os sonhadores, deixam que a surpresa tome conta. Às vezes bem, outras vezes mal, são surpreendidos por momentos de alegria...ou, desespero. Mas adaptam-se. Deixam-se estar e algum vento os há-de levar.
Sim, assim os vejo. Não gosto de me incluir em nenhum deles...sou todos.
Saboreio a insultentável leveza do particular.
Planeio chegar a bom porto, reuno as armas para a luta e aí vou eu. Sou atirado à água violentamente...mas quando abro os olhos estou noutra praia. Pronto para regressar à luta, olho em volta e então desisto! Desisto de lutar por esta mesma causa porque encontrei outra melhor, feita à minha medida, paradisíaca. Um amor vizinho numa terra distante, um bom emprego em época de crise, um amigo no deserto, um momento quente no meio do gelo.
Valerá a pena para aqueles como eu traçar planos? Sim, decididamente sim! Porque conscientemente aceito que à meta poderei não chegar. No decorrer da luta serei atirado ao ar, mas quando cair, olharei em volta e noutra batalha estarei. Com novas armas, com novos adversários, com novos cenários. E assim luto. Alcanço sonhos perdidos no tempo, sou levado pela vida e aceito-a, porque sempre, sempre, me traz aqui.
Queres vir comigo?
sábado, 12 de março de 2011
A simple message... NOT Original.
My, oh, my, you're so good looking!
Hold yourself together like a pair of bookends
But I've not tasted all you're cooking
Who are you when I'm not looking?
Do you pour a little something on the rocks?
Slide down the hallway in your socks...
When you undress, do you leave a path?
Then sink to your nose in a bubble bath!
I want to know...
Do you break things when you get mad?
Eat a box of chocolate cause you're feeling bad
Do you paint your toes cause you bite your nails?
And call up mama when all else fails...
Who are you when I'm not around?
When the door is locked and the shades are down
Do you listen to your music quietly
And when it feels just right are you thinking of me?...
I want to know
My, oh, my, you're so good looking
But who are you when I'm not looking?
Text: "Who are you when I'm not looking?" - de Blake Shelton
Hold yourself together like a pair of bookends
But I've not tasted all you're cooking
Who are you when I'm not looking?
Do you pour a little something on the rocks?
Slide down the hallway in your socks...
When you undress, do you leave a path?
Then sink to your nose in a bubble bath!
I want to know...
Do you break things when you get mad?
Eat a box of chocolate cause you're feeling bad
Do you paint your toes cause you bite your nails?
And call up mama when all else fails...
Who are you when I'm not around?
When the door is locked and the shades are down
Do you listen to your music quietly
And when it feels just right are you thinking of me?...
I want to know
My, oh, my, you're so good looking
But who are you when I'm not looking?
Text: "Who are you when I'm not looking?" - de Blake Shelton
Nada quero!
Quero falar de algo! Quero falar de mares, de estradas e de paredes. Do prazer que sinto quando acordo e me lembro que o céu não caiu. Quero falar-te dos sentimentos que atravessam os que amam. Das árvores que cantam quando o vento as abraça. Dos momentos felizes e do desespero dos que choram.
Quero sentir! O fogo das memórias dos infelizes. O despertar dos vivos e dos que nascem a cada segundo.
No alto de uma montanha quero ver o tempo passar. Quero aceitar a derrota e continuar a lutar. Quero acreditar!
Quero abraçar o sonho que me persegue e dizer-lhe que me deixe... Que atormente o levantar dos pássaros e com eles desapareça no horizonte. Quero partir para outro filme. Ser um raio de sol que não brilha. Uma asa partida ou um buraco sem fim. Quero!
Mas, grito! E não ouço o som que aguardo. Os mares não querem ser falados, as estradas não me ouvem e as paredes perderam os ouvidos! O céu que procuro está no chão...caiu. Os amantes deixaram de amar e as árvores perderam a voz. Os que choram são felizes e o desespero não tem momentos.
As memórias jazem na água de fogo apagado. Os vivos estão mortos e os que nascem não têm história.
No alto da montanha o tempo parou. A derrota foi de outros e por isso não tenho porque lutar. Acredito e por isso, nada posso desejar.
Não durmo e por isso não sonho. Os pássaros perderam as asas e deixaram de voar. O filme passou a série, sem princípio, meio ou fim. A lua despediu-se do sol. E mesmo o mais fundo dos buracos tem um fim.
Não ouço a voz que me faz vibrar e assim nada quero! Apenas um momento...que não é meu.
quarta-feira, 9 de março de 2011
Perder...é uma balança
O último par de óculos de sol que perdi simboliza o estado das coisas. Saí de casa de manhã para "dar uma mão" a quem dela precisava e como o sol raiava desde cedo, eis que deles faria uso. Uma volta de carro, um cumprimento acelerado e encontrava-me perante terceiros a resolver problemas de segundos. O primeiro, esse, fica para último. Fixei o pensamento na "mão" a dar e BUM, (des)fixei o olhar nos óculos. Perdi-os.
Perdi-os, perdi-te, continuo a perder-te! Engraçado é pensar no simples momento em que realmente fui possuidor. Agora, as imagens parecem-me desfocadas. Parecem parte de um qualquer sonho apressado antes do despertador rasgar a liberdade da inconsciência. Penso em duvidar... Sim! De facto penso em duvidar se algum dia estas imagens foram reais. Nelas beijava-te durante horas, nelas conduzia de óculos postos ao som de músicas cantadas por terceiros. Estranho! Agora quem as canta sou eu. No entanto, nessa altura ouvia-as contigo...hoje canto-as sem ti, canto-as de olhos bem fechados porque o sol me ofusca o horizonte.
Por mais que queira, por mais que procure raciocinar, perco-me em memórias soltas de momentos perfeitos. Oh sim! Perfeitos! Perfeitos! Não poderei nunca parar de o dizer... Perfeitos! Porque os sonhos comandam a vida.
Arde-me a pele com intensidade! Sou palco de milhões de minúsculas explosões de emoção. Agrido as paredes que me rodeiam porque cedo à tortura de recordar. Por apenas um momento de uma prolongada existência fui capaz de ser feliz! Porque ser feliz não é sinónimo de estar completo, de ser inteiro. Nunca me completaram, nem tu nem os óculos, nem elas nem ninguém! Completo já era, mas existe mais, muito mais que apenas eu.
Nasci com Ela mas cedo partiu... Procurei substituir a perda com a personificação da Mentira e até esta me deixou (vivi-a tempo demais, também, mea culpa). Depois? O tempo, a vida, o deslindar de abruptos momentos, levaram-me a ti...
Questiono a minha própria personagem sobre razões de viver. Razões de perder e ganhar. Porquê saborear o que depressa é engolido? Momento curtos, momentos de sonho, momentos! Porque cruzaste o meu caminho? Olho para tudo e para todos e valorizo a incongruência de te ter tido. Porquê? Para que a "nossa" existência passasse que nem uma fracção do bater de uma porta? E ainda assim..conto pelos dedos os dias que passámos abraçados. Uma hora reflectia a intensidade de um ano, qual espelho eterno, sem fim.
Construíste caminhos eternos que percorro cada dia, caminhos de granito estampados em jardins de lírios... Esforço-me por saltar de pedra em pedra e tropeço a cada pensamento. Perdi-te, mas porque salto?
Alcanço sonhos paralelos, sonhos necessários, sonhos que me agridem a passada. Por eles espero e por eles continuo a correr. Por ti nada faço, não posso, perdi-te! Um simples aceno e o dia seria perfeito.
Estendo os braços e sinto o fervor de uma existência voraz! Alcanço objectivos incomuns, sou senhor do meu tempo e dele disponho como ninguém! Grito ao ar que respiro e nele faço entoar a voz que tanto tempo fiz por ouvir. Atingi o mais intimo dos meus desejos de sempre. Seguem-me os meus valores e seguidores. Sou dono de outro ser e esta ama-me. Mas a ti, fonte de criação de puro amor, perdi-te! Acredita, perdi-te!
O som da guitarra acalma-me a alma e o bater dos pratos ensina-me a viver. De olhos abertos reajo ao bater das palmas de um público que não conheço, mas que me ouve e sorri. Um novo conceito de absorver sentimentos estende-se perante mim.
Perdi-os, perdi-te, continuo a perder-te! Engraçado é pensar no simples momento em que realmente fui possuidor. Agora, as imagens parecem-me desfocadas. Parecem parte de um qualquer sonho apressado antes do despertador rasgar a liberdade da inconsciência. Penso em duvidar... Sim! De facto penso em duvidar se algum dia estas imagens foram reais. Nelas beijava-te durante horas, nelas conduzia de óculos postos ao som de músicas cantadas por terceiros. Estranho! Agora quem as canta sou eu. No entanto, nessa altura ouvia-as contigo...hoje canto-as sem ti, canto-as de olhos bem fechados porque o sol me ofusca o horizonte.
Por mais que queira, por mais que procure raciocinar, perco-me em memórias soltas de momentos perfeitos. Oh sim! Perfeitos! Perfeitos! Não poderei nunca parar de o dizer... Perfeitos! Porque os sonhos comandam a vida.
Arde-me a pele com intensidade! Sou palco de milhões de minúsculas explosões de emoção. Agrido as paredes que me rodeiam porque cedo à tortura de recordar. Por apenas um momento de uma prolongada existência fui capaz de ser feliz! Porque ser feliz não é sinónimo de estar completo, de ser inteiro. Nunca me completaram, nem tu nem os óculos, nem elas nem ninguém! Completo já era, mas existe mais, muito mais que apenas eu.
Nasci com Ela mas cedo partiu... Procurei substituir a perda com a personificação da Mentira e até esta me deixou (vivi-a tempo demais, também, mea culpa). Depois? O tempo, a vida, o deslindar de abruptos momentos, levaram-me a ti...
Questiono a minha própria personagem sobre razões de viver. Razões de perder e ganhar. Porquê saborear o que depressa é engolido? Momento curtos, momentos de sonho, momentos! Porque cruzaste o meu caminho? Olho para tudo e para todos e valorizo a incongruência de te ter tido. Porquê? Para que a "nossa" existência passasse que nem uma fracção do bater de uma porta? E ainda assim..conto pelos dedos os dias que passámos abraçados. Uma hora reflectia a intensidade de um ano, qual espelho eterno, sem fim.
Construíste caminhos eternos que percorro cada dia, caminhos de granito estampados em jardins de lírios... Esforço-me por saltar de pedra em pedra e tropeço a cada pensamento. Perdi-te, mas porque salto?
Alcanço sonhos paralelos, sonhos necessários, sonhos que me agridem a passada. Por eles espero e por eles continuo a correr. Por ti nada faço, não posso, perdi-te! Um simples aceno e o dia seria perfeito.
Estendo os braços e sinto o fervor de uma existência voraz! Alcanço objectivos incomuns, sou senhor do meu tempo e dele disponho como ninguém! Grito ao ar que respiro e nele faço entoar a voz que tanto tempo fiz por ouvir. Atingi o mais intimo dos meus desejos de sempre. Seguem-me os meus valores e seguidores. Sou dono de outro ser e esta ama-me. Mas a ti, fonte de criação de puro amor, perdi-te! Acredita, perdi-te!
O som da guitarra acalma-me a alma e o bater dos pratos ensina-me a viver. De olhos abertos reajo ao bater das palmas de um público que não conheço, mas que me ouve e sorri. Um novo conceito de absorver sentimentos estende-se perante mim.
segunda-feira, 7 de março de 2011
Tempo partilhado
Da minha janela vejo a cidade e recordo porque parei. Tirei tempo para mim e evolui. Gosto! Absorvo novas sensações quando a mim dedico esse precioso bem, o tempo. Aprendi a ter coragem! Sim, ainda mais…
Corri um pedaço de tempo e pensei, isto sim, é ouvir. Prestei atenção ao DJ que faz girar o disco deste tempo por cá. Aproveitei o tempo para me deixar cair num passadiço, desses corridos em frente ao mar, onde a madeira corrompida pelo tempo jaz inerte sob o olhar desatento dos que passam.
Falei com quem não me conhecia e agora me quer. Uma voraz vontade de ser amado percorreu todos os poros de quem, há muito, perdeu a vontade de partilhar. Olhei para a lua quando o sol se escondeu de mim e vi um céu repleto de possibilidades.
Tinha perdido toda a minha crença, vês? Tudo à minha volta estava em pausa. Aprendeste o meu nome e usa-lo sem reservas. Isso…fez cair tantos muros.
Decidi partir do canto escondido onde as paredes me protegiam da liberdade de pertencer a alguém. E para isso dei-me tempo. Interrompi a caminhada e o universo mudou. E com isto aproveitei o tempo, qual intervalo para o recreio dos que crescem a passadas largas.
Vi-me numa feira onde os carrosséis cheios de sorrisos me alertaram para a existência de um mundo partilhado. E aí andavas tu!
Tatuei nomes de quem importa na pele suada após uma corrida de mil quilómetros. De olhos bem abertos tomei decisões! Cantei em público e senti o poder do tempo.
E porque o tempo só faz tardar a vinda do próximo tempo, aqui estou, pronto a dar tempo a quem comigo quer partilhá-lo.
quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
terça-feira, 8 de fevereiro de 2011
Olho para ti e vejo-te
Não suporto ver-te sofrer! É algo que me incomoda. Desculpa, sou assim!
Fazes parte de um pouco de mim e quando perdes uma lágrima quem a apanha sou eu. Não gosto!
Observas o mundo à tua volta e vês bondade, ainda que pouca, mesmo quando destróis tudo em teu redor. Revoltas-te com os que te enganam e, ainda assim, acreditas! És peça de um puzzle distinto que prova a existência de corações puros.
Recordo ver-te corar ao contar histórias sobre a minha história. Nesse momento admirei a profunda beleza de quem não vive imune à felicidade dos demais. Vi-te acarinhar com pensamentos as minhas emoções, tornas-te-as tuas! Não me esquecerei.
Com profunda atenção vi-te perder o chão quando indaguei o teu olhar. Distraída, deixavas-te levar por memórias recentes enquanto eu discursava. Chamei-te e em mim fixaste o olhar, antes de deslizares da cadeira e te aperceberes que em ti caíam olhares de quem te admira.
A ternura dos teus movimentos faz de ti uma pétala de flores caídas. E assim perseguem-te os ventos de quem não te vê.
Contas-me histórias de quem te fez mal, de quem Faz mal. Sentes-te traída e insistes em cair, para que de novo te possas levantar, erguer. Concentras-te no teu mundo e és invadida por pensamentos fáceis, de quem sofre há muito e, assim sendo, sofrerá. Não! Não podes! És diamante de sangue e mereces parar de sangrar!
Dizes-me que um dia serás feliz... Felicidade pura, infantil, desligada do mundo. Mas a cada degrau aceitas que te deixem cair. Passou a fazer parte de ti, aceitas a desilusão.
Sabes que não fui sempre feliz..o meu mundo também desabou. Vi-me sozinho enquanto tudo o resto caía. O teu olhar reconhece as raízes de quem pisou a lava mais incandescente do vulcão. Aqueles que sobre ela caminharam têm marcas que nem o tempo transporta. Mesmo assim combates a felicidade...travas uma luta desigual com o que designas ser destino.
Sim, eu sei!
Mas o duro pavimento quebrará e o gelo de uma existência trepidante depressa será aquecido pelo sol! Foste feita para sorrir, ainda que não o saibas. És fonte do meu contentamento e fosse eu rei dos quatro ventos, o Universo seria teu!
Tivesse eu não mais que o tempo, gastá-lo-ia todo contigo...
Fazes parte de um pouco de mim e quando perdes uma lágrima quem a apanha sou eu. Não gosto!
Observas o mundo à tua volta e vês bondade, ainda que pouca, mesmo quando destróis tudo em teu redor. Revoltas-te com os que te enganam e, ainda assim, acreditas! És peça de um puzzle distinto que prova a existência de corações puros.
Recordo ver-te corar ao contar histórias sobre a minha história. Nesse momento admirei a profunda beleza de quem não vive imune à felicidade dos demais. Vi-te acarinhar com pensamentos as minhas emoções, tornas-te-as tuas! Não me esquecerei.
Com profunda atenção vi-te perder o chão quando indaguei o teu olhar. Distraída, deixavas-te levar por memórias recentes enquanto eu discursava. Chamei-te e em mim fixaste o olhar, antes de deslizares da cadeira e te aperceberes que em ti caíam olhares de quem te admira.
A ternura dos teus movimentos faz de ti uma pétala de flores caídas. E assim perseguem-te os ventos de quem não te vê.
Contas-me histórias de quem te fez mal, de quem Faz mal. Sentes-te traída e insistes em cair, para que de novo te possas levantar, erguer. Concentras-te no teu mundo e és invadida por pensamentos fáceis, de quem sofre há muito e, assim sendo, sofrerá. Não! Não podes! És diamante de sangue e mereces parar de sangrar!
Dizes-me que um dia serás feliz... Felicidade pura, infantil, desligada do mundo. Mas a cada degrau aceitas que te deixem cair. Passou a fazer parte de ti, aceitas a desilusão.
Sabes que não fui sempre feliz..o meu mundo também desabou. Vi-me sozinho enquanto tudo o resto caía. O teu olhar reconhece as raízes de quem pisou a lava mais incandescente do vulcão. Aqueles que sobre ela caminharam têm marcas que nem o tempo transporta. Mesmo assim combates a felicidade...travas uma luta desigual com o que designas ser destino.
Sim, eu sei!
Mas o duro pavimento quebrará e o gelo de uma existência trepidante depressa será aquecido pelo sol! Foste feita para sorrir, ainda que não o saibas. És fonte do meu contentamento e fosse eu rei dos quatro ventos, o Universo seria teu!
Tivesse eu não mais que o tempo, gastá-lo-ia todo contigo...
terça-feira, 1 de fevereiro de 2011
Porque foi que tudo mudou?
O sol nasceu pouco depois das 5h30. Estava um mar calmo, liso, onde uma surf board jamais se aventuraria. O cinza claro da ondulação dava agora lugar a um azul bebé incandescente. Era verão e o calor projectava os primeiros raios de sol com uma intensidade difícil de acompanhar pelo olho nu. Ahh, pensei, nada como o final de (mais) uma noite gloriosa, nas praias onde o sol nasce e não se põe. Sinal de férias, sinal de aventuras sem sentido, sinal de liberdade.
O dia começou bem. Um duche rápido para sacudir o gloss deixado pela companhia agradável de poucas horas antes e para refrescar. O Verão estava quente e as toalhas tornavam-se desnecessárias. O bafo das manhãs chegava para acabar com as pequenas gotas que teimavam em deslizar pela pele já morena.
Corri para tomar o eterno capuccino na esplanada, à volta da qual jaziam ainda vestígios de um serão quente, onde os copos de plástico cheios de cerveja se tornavam pequenas pausas entre uma e outra pinga de suor. A pouca cafeína servia para me manter alerta enquanto caminhava lentamente em direcção ao ponto de encontro.
Tinha estacionado o carro perto da praia, junto aos dos outros, com a certeza de que nele entraria antes do almoço e nele assaria, qual forno a lenha. Mas esse pensamento estava longe...bendito AC.
Cheguei ensonado à praia, sem notar que a temperatura da areia fazia saltar os mais distraídos. Não estava só. Os companheiros de guerras nocturnas ali permaneciam, deleitados em toalhas coloridas, imóveis, como se de lagartos do deserto se tratassem. Giraram a cabeça ao ver-me chegar e com um leve aceno davam sinal de vida.
As televisões locais haviam advertido que o sol nesse ano estava quente...muito quente. Oh, dizem-no sempre, alarmistas inveterados, pensei. E assim deleitei-me na toalha vermelha, a única que se encontrava vazia, e juntei-me ao ócio dos restantes heróis da noite. Então dormi...
Os almoços naquela zona do planeta são, por princípio, "frescos". Uma salada bem temperada, massa com molho de tomate, um cogumelo aqui e ali. Delicio-me com os cozinhados da senhora que pacientemente me faz perguntas sobre os comportamentos menos dignos e barulhentos de 12 horas antes. Não respondo...não me lembro.
A tarde seria passada na praia seguinte, era costume. Uma passagem pelas brasas, um mergulho de 30 minutos até aos restos de um avião submerso, um jogo de voleibol, uma corrida na areia e, correndo bem, uma conquista aqui, outra ali. Está calor! Sou livre, mas do calor não me livro!
O duche do final da tarde foi precedido por uma pausa para refrescar. Corpos cheios de areia sentados em cadeiras de plástico ainda com os calções e biquínis húmidos pelo último banho do dia. Uma cerveja, uma cola ou até um gelado, tudo vale! Procurava-se organizar a "tainada" para o jantar.
O sol pôs-se na montanha, sem nos darmos conta. Chegava a noite e com ela as certezas de um dia bem passado...literalmente.
Novas aventuras aproximavam-se. O cansaço, esse, era para os outros. Nada nos demovia de sermos os Reis, os Heróis e assim partíamos em busca da emoção de mais uma noite.
Agora olho em volta... Atravesso de carro a cidade. As pessoas, de caras tapadas apressam o passo para não chegarem atrasadas aos destinos. Está frio! O céu cinzento ameaça humedecer o asfalto! À minha volta há cimento, alto e armado. Cores e mais cores sem brilho. Estou de volta e aqui vivo. Sou livre, mas do frio não me livro!
Porque foi que tudo mudou?
O dia começou bem. Um duche rápido para sacudir o gloss deixado pela companhia agradável de poucas horas antes e para refrescar. O Verão estava quente e as toalhas tornavam-se desnecessárias. O bafo das manhãs chegava para acabar com as pequenas gotas que teimavam em deslizar pela pele já morena.
Corri para tomar o eterno capuccino na esplanada, à volta da qual jaziam ainda vestígios de um serão quente, onde os copos de plástico cheios de cerveja se tornavam pequenas pausas entre uma e outra pinga de suor. A pouca cafeína servia para me manter alerta enquanto caminhava lentamente em direcção ao ponto de encontro.
Tinha estacionado o carro perto da praia, junto aos dos outros, com a certeza de que nele entraria antes do almoço e nele assaria, qual forno a lenha. Mas esse pensamento estava longe...bendito AC.
Cheguei ensonado à praia, sem notar que a temperatura da areia fazia saltar os mais distraídos. Não estava só. Os companheiros de guerras nocturnas ali permaneciam, deleitados em toalhas coloridas, imóveis, como se de lagartos do deserto se tratassem. Giraram a cabeça ao ver-me chegar e com um leve aceno davam sinal de vida.
As televisões locais haviam advertido que o sol nesse ano estava quente...muito quente. Oh, dizem-no sempre, alarmistas inveterados, pensei. E assim deleitei-me na toalha vermelha, a única que se encontrava vazia, e juntei-me ao ócio dos restantes heróis da noite. Então dormi...
Os almoços naquela zona do planeta são, por princípio, "frescos". Uma salada bem temperada, massa com molho de tomate, um cogumelo aqui e ali. Delicio-me com os cozinhados da senhora que pacientemente me faz perguntas sobre os comportamentos menos dignos e barulhentos de 12 horas antes. Não respondo...não me lembro.
A tarde seria passada na praia seguinte, era costume. Uma passagem pelas brasas, um mergulho de 30 minutos até aos restos de um avião submerso, um jogo de voleibol, uma corrida na areia e, correndo bem, uma conquista aqui, outra ali. Está calor! Sou livre, mas do calor não me livro!
O duche do final da tarde foi precedido por uma pausa para refrescar. Corpos cheios de areia sentados em cadeiras de plástico ainda com os calções e biquínis húmidos pelo último banho do dia. Uma cerveja, uma cola ou até um gelado, tudo vale! Procurava-se organizar a "tainada" para o jantar.
O sol pôs-se na montanha, sem nos darmos conta. Chegava a noite e com ela as certezas de um dia bem passado...literalmente.
Novas aventuras aproximavam-se. O cansaço, esse, era para os outros. Nada nos demovia de sermos os Reis, os Heróis e assim partíamos em busca da emoção de mais uma noite.
Agora olho em volta... Atravesso de carro a cidade. As pessoas, de caras tapadas apressam o passo para não chegarem atrasadas aos destinos. Está frio! O céu cinzento ameaça humedecer o asfalto! À minha volta há cimento, alto e armado. Cores e mais cores sem brilho. Estou de volta e aqui vivo. Sou livre, mas do frio não me livro!
Porque foi que tudo mudou?
segunda-feira, 24 de janeiro de 2011
Perfeita imperfeição
A definição de perfeição varia consoante o interesse e objectivos de quem a procura. Eu, por exemplo, procuro não procurá-la. Mas faço-o, ainda que sem os conhecimentos necessários. Gosto de dizer que te procuro.
Com a vontade de ter o que sempre quis, devaneio por pensamentos inúteis que variam ao sabor da evolução. Com isto não digo que mudo ao sabor do vento, não! Mas evoluo… A evolução é algo que, quer queiramos quer não, acontece. E assim mudamos os sonhos, ou antes, a forma dos sonhos.
Já te quis simples, inocente, bonita e sem estilo. Depois vi-te complicada, interessante, por vezes maliciosa e muito autocentrada. Conheci-te amorosa, carinhosa e sensual, ao mesmo tempo triste e misteriosa. Cheguei a ter-te apaixonada, feroz, decidida e também interesseira, infiel e má! Entretanto evoluo e continuo a querer-te, de forma diferente, mas ainda assim quero-te.
Para mim és perfeita. Chego a duvidar que existas, pois cresci a saber que a perfeição não o é. No entanto apercebo-me que seres perfeita passa pela imperfeição dessa noção. Se pensei que eras perfeita antes, agora vejo que não o eras. Quero-te ainda, mas de forma diferente. Outro tipo de perfeição.
Repito-me várias vezes para me convencer que a palavra existe e, como tal, tu também. Perfeita imperfeição. Perfeita Ilusão? Nada disso, existes e andas aí!
Para chegar lá basta que sejas 3 coisas… Sim, amanhã talvez 4, mas hoje 3! Para mim, hoje, basta que sejas perfeita!
Um sorriso, ao amanhecer e ao entardecer. Sorri! Grita de alegria quando estiveres feliz, não tenhas medo de sorrir. Olha à tua volta e sorri!
Move-te como uma princesa! Actua como tal. Diz o que pensas mas pensa no que dizes. Não me firas só porque sim. Lembra-te que és a minha rainha mas eu não sou o teu súbdito.
Conhece-te a ti e ao teu mundo. Verás que é mais fácil. Não deixes que os outros “atrapalhem”. Não te conhecem como tu. A tua vida é única e dela mais ninguém sabe! Apenas tu! E por isso és verdadeira!
Procuro ver-te, aqui e ali, onde quer que estejas. Eu aqui ando e por ti aguardo… Mas não te procuro.
segunda-feira, 17 de janeiro de 2011
O voo da mosca
São 1h25 da manhã. Tomei a decisão que não durmo, hoje. Vou sair dentro de poucos minutos e por isso preparo a asas do meu fato escuro para o frio que se avizinha. Levo o caderno de notas onde escrevo, a cada minuto, a experiência de não ter de parar.
Sigo em direcção ao Norte. A cidade está ao meu alcance e nela vejo cores alaranjadas. Os carros, lá em baixo, passam a correr deixando dois rastos vermelhos sangue, uns atrás dos outros.
Abstraio-me do frio e do vento que tanto afectam o meu esforço e sigo caminho.
Passo na praça. O município, ao fundo, lembra-me tempos em que o barulho ensurdecedor do fogo-de-artifício quase me deita ao chão. Tempos de desnorteio.
Frente a uma estátua dorme um cão, peludo, enrolado em si próprio. Consigo sentir o seu odor que me atrai e onde quero chegar, mesmo antes de violentamente ser sacudido pela cauda. Sigo caminho.
Passo veloz pela torre mais alta da cidade, bem iluminada por gigantes holofotes que teimam em cegar-me. Por isso não olho para baixo. Continuo em direcção ao mar, quero ver as ondas e nelas (quase) tocar enquanto se elevam no alto antes de atingirem a costa.
As ruas estão vazias. Nem vivalma. Consigo ouvir o som do vento enquanto deslizo pela costa até à rede. Felizmente é grande e através dela passo facilmente, qual teia de aranha gigante. Escapei.
Decido atravessar o parque. Fico atento ao bater das árvores para que não me atinjam. Quero viver mais.
Olho para o leão que domina a águia e não deixo de achar que deve haver uma razão para estarem ali.
Há pessoas ali. Metidas em caixas de cartão, preparam-se para dormir. Ignoram-me por completo, parecem não me ver, embora olhem para mim. Queria dizer-lhes que ali estou, mas não me ouvem.
Decido continuar e vejo-me agora combalido pelo som de um veículo de luzes azuis que rodam. Que barulho estranho e repetitivo. Quando pára sinto um cheiro forte e dali escapo.
Sigo para Este, onde a escuridão das montanhas, ao fundo, me parece confortável. Passo uma encruzilhada de ruas, luzes, veículos e pessoas estranhas até que me deparo em frente a um círculo. É enorme! Dentro, um relvado extenso, a cheirar a fresco. Faltam ali muitas pessoas, penso. Parece-me.
Continuo agora para o Sul, terras mais quentes aguardam pelos visitantes. Não sou um deles.
Apanho boleia de alguém para atravessar a ponte. Aí faz frio a valer, tenho de me precaver.
Do outro lado deixo quem me levou e sigo o meu caminho.
Estou já perto do meu destino mas antes quero dar um salto a uma casa, especial. Ando em torno desta na esperança de te encontrar, afinal, é para isso que voo! Estás ali, de olhos fechados, deitada numa cama pequena. Consigo uma maneira de me aproximar e toco a tua mão. Por segundos pareces-me confortável, mas depressa abanas a mão e saio a correr.
Parto agora, de novo, em direcção a casa. Gosto do meu canto, da minha Praia!
Até lá, limito-me a pensar em quem és, em como te vejo. Chegado a casa sorrio. Foi um bom passeio. Quero repetir!
quinta-feira, 13 de janeiro de 2011
Sou homem!
Perguntas-me se preferia ser, gravidade ou explosão, fuga ou encontro, fantasia ou realidade, ainda assim volto ao que sou. Não te respondo! Sou fruto de colisões intemporais e faço o que quero, o que acredito e volto ao que sou. Desculpa. Que mais te sei dizer? Não a sinto mas digo-te, desculpa. Única fonte de acalmia para relações fortes, verdadeiras... Alguém tem de ceder e eu faço-o, odeio ver-te assim!
Procuro crescer e saber, assim, o que dizer e como compreender. O que estás a dizer? Não! Porque me falas assim? E culpas-me, pedes-me atenção. Dou-ta mas já não a queres...afinal.
Quantos cantos tenho de percorrer, quantas vezes tenho de aprender? Queres o que não queres, dizes o que queres mas não o sentes, qual puzzle de infinitas peças, nem tu o sabes. E assim (não) te compreendo, ó mulher!
Sem ti não vivo, nem quero. Sou um homem de sorte! Atravessas-me a vida como um relâmpago e de mim fazes o que entendes... Eu deixo! A troco de um carinho, de um elogio...sou homem e de elogios sobrevivo.
Possas não o sentir, mas diz-mo, estou sedento de me sentir mais!
Digo-te que não prestas, convenço-me que estou melhor só. As tuas costas alertam-me à razão. À razão? Mas que razão? Estaria melhor sem ti mas odeio está-lo. Baralhas-me e com isso me fazes feliz. Leio-te a mente porque me leva onde quero e no centro vejo-me, como um espelho da alma.
Depois, habituas-te a mim...passo a ser teu. Amas-me mas acreditas que estou melhor assim. Afastas-me porque pensas que volto, qual jogo de ténis, qual boomerang no espaço. Esqueces-te que nado num mar de sereias. Elas cantam para mim, enfeitiçam-me. Quero voltar mas não me deixas porque queres jogar, acreditas na tua força e não ponderas a minha resistência. E por vezes não te sinto, falta-me o elogio ao pôr-do-sol... E assim erro! Não quero, mas faço-o porque me sinto só.
Estende-me os braços, mostra-me que precisas e sabes que sobrevivo da tua emoção. Assim não "terei" de errar, porque me sinto completo. Oh, se soubesses que a tua maior força está na tua delicadeza, na tua fragilidade...mulher. Meu canto do mundo, minha almofada de sonhos, meu grande fervor.
Conhece-me como sou, não como pensas que sou... Sou homem!
Procuro crescer e saber, assim, o que dizer e como compreender. O que estás a dizer? Não! Porque me falas assim? E culpas-me, pedes-me atenção. Dou-ta mas já não a queres...afinal.
Quantos cantos tenho de percorrer, quantas vezes tenho de aprender? Queres o que não queres, dizes o que queres mas não o sentes, qual puzzle de infinitas peças, nem tu o sabes. E assim (não) te compreendo, ó mulher!
Sem ti não vivo, nem quero. Sou um homem de sorte! Atravessas-me a vida como um relâmpago e de mim fazes o que entendes... Eu deixo! A troco de um carinho, de um elogio...sou homem e de elogios sobrevivo.
Possas não o sentir, mas diz-mo, estou sedento de me sentir mais!
Digo-te que não prestas, convenço-me que estou melhor só. As tuas costas alertam-me à razão. À razão? Mas que razão? Estaria melhor sem ti mas odeio está-lo. Baralhas-me e com isso me fazes feliz. Leio-te a mente porque me leva onde quero e no centro vejo-me, como um espelho da alma.
Depois, habituas-te a mim...passo a ser teu. Amas-me mas acreditas que estou melhor assim. Afastas-me porque pensas que volto, qual jogo de ténis, qual boomerang no espaço. Esqueces-te que nado num mar de sereias. Elas cantam para mim, enfeitiçam-me. Quero voltar mas não me deixas porque queres jogar, acreditas na tua força e não ponderas a minha resistência. E por vezes não te sinto, falta-me o elogio ao pôr-do-sol... E assim erro! Não quero, mas faço-o porque me sinto só.
Estende-me os braços, mostra-me que precisas e sabes que sobrevivo da tua emoção. Assim não "terei" de errar, porque me sinto completo. Oh, se soubesses que a tua maior força está na tua delicadeza, na tua fragilidade...mulher. Meu canto do mundo, minha almofada de sonhos, meu grande fervor.
Conhece-me como sou, não como pensas que sou... Sou homem!
domingo, 9 de janeiro de 2011
Um texto (não original) aos meus AMIGOS - I LOVE YOU SO!!! Best 2012
Outro ano e novas promessas
outra oportunidade para dar a volta,
não o guardem para amanhã.
Abracem o passado e poderão viver o agora
e eu dar-vos-ei o Mundo!
Falem mais alto que as palavras
e dêem-lhes o significado que mais ninguém deu.
O papel que desempenhamos é tão importante,
somos as vozes do subterrâneo
e eu dar-vos-ia o Mundo!
Digam tudo o que sempre quiseram,
não tenham medo de quem realmente são
porque no afinal temo-nos uns aos outros.
Isso é algo pelo que vale a pena viver
e eu dar-vos-ia o Mundo!
Um milhão de sóis nascem sobre mim.
Um milhão de olhos e os vossos são os mais brilhantes.
Vamos destruir as paredes entre nós
e construir uma estátua suficiente forte para todos nós.
Agora passo-vos isto
e convosco viverei,
porque vos daria o Mundo.
Este é o novo ano.
Um novo começo.
Fizemos uma promessa.
Vocês são os que mais brilham.
Vocês são as vozes.
Por Ian Axel - This is the New Year
A Aldeia do Sempre
A vida surpreende-nos, atira-nos ao chão e levanta-nos como se nada fosse, destrói sonhos mas dá-nos vontade de criar novos. Actua como se de um Ser se tratasse, com vontade própria, com aquele olhar felino que nos fascina mas, ao mesmo tempo, nos inquieta. Vivê-mo-la e dela fazemos o melhor... Porque é o que fazemos e não existem "ses". Um dia disseram-me que o que me acontece é o melhor que me pode acontecer... Porque acontece... E nada mais! Como refutar?
Aprendi a sentir, a ouvir, a distinguir causas e efeitos. Nada acontece por acaso! Não é verdade absoluta mas nela acredito sem reservas... Não quero com isto dizer que o faças. Resulta apenas se o quiseres.
Por isso, por não a controlar (à Vida, o que me rodeia e quem me rodeia), por não a querer controlar, por querer Sempre ser surpreendido, crio o meu Outer Space.
Falo da Aldeia do Sempre, o meu refúgio, a minha ilha... Privada, só minha. Às vezes convido alguém, convido-te a ti e comigo partilhas segredos únicos.
Transporto-me facilmente! Voo quando quero e/ou sinto que devo. Para mim é simples. Aprendi que para sair basta querer, desejar de facto e assim o faço.
Aprendi a sentir, a ouvir, a distinguir causas e efeitos. Nada acontece por acaso! Não é verdade absoluta mas nela acredito sem reservas... Não quero com isto dizer que o faças. Resulta apenas se o quiseres.
Por isso, por não a controlar (à Vida, o que me rodeia e quem me rodeia), por não a querer controlar, por querer Sempre ser surpreendido, crio o meu Outer Space.
Falo da Aldeia do Sempre, o meu refúgio, a minha ilha... Privada, só minha. Às vezes convido alguém, convido-te a ti e comigo partilhas segredos únicos.
Transporto-me facilmente! Voo quando quero e/ou sinto que devo. Para mim é simples. Aprendi que para sair basta querer, desejar de facto e assim o faço.
Para lá sigo diariamente! Sou rei de uma tribo, príncipe de uma corte, chefe de um gangue até. Tomo um capuccino de smoking em Veneza e guio um Bugatti no Mónaco. Lá, faço tudo e nada, o que me apetece, quando quero e onde quero. Saio de casa e até à tua voo. É um canto de imaginação fascinante, quente e afável, onde me reservo o direito de ser feliz!
A Aldeia do Sempre, qual Terra do Nunca onde vive o Pan, é um lugar longínquo e ao mesmo tempo aqui ao lado. Tele-transporto-me com a ajuda do Captain Kirk e eis que lá estou a navegar. É o meu lugar.
Hoje visitei-te e amanhã quem sabe... Sou senhor de tudo e de todos, porque assim o desejo.
Crescemos com a sensação que a realidade é mais forte que o sonho. Somos assim ensinados e toma-mo-lo por certo. Bem haja quem cresce a saber da mentira, pois já houve quem dissesse que o sonho comanda a vida...
Não é matéria fácil, pêra doce ou dado adquirido. Requer vontade! Capacidade de sorrir e, mais que tudo, ser feliz.
segunda-feira, 3 de janeiro de 2011
Expectativas...
Nos últimos meses, perto de ano e meio, passei a dedicar alguns minutos dos meus dias à tarefa de simplificar a vida. Quem nunca se apercebeu que todos temos tendência a complicar? ...pois. Ora complicamos porque nos apetece, ora complicamos porque parece fácil demais, ora isto, depois aquilo... Faz parte do génio do ser humano, mais ainda quando é latino, mais ainda quando é português, complicar! É o que melhor fazemos... Depois solucionamos o problema e pronto. A tal palavra única (não estou a falar de saudade... Lá chegaremos), o "desenrasque". É isso, complicamos e de seguida desenrascamos.
Há muitas razões para complicarmos a vida, muitas formas de o fazer e nisso somos profissionais.
Como tal e como vos disse, sou missionário por uma boa causa, a "descomplicação"!
Tarefa assim não é nada fácil, no entanto, estou a caminho...
Comecei então por analisar o que esperamos das pessoas que, connosco, partilham o oxigénio diariamente. Observo então que cometemos um erro grave. Criamos expectativas! Sim, desculpem, mas é um erro grave (a meu ver, claro está). Ao criarmos expectativas sobre os comportamentos de alguém (sejam eles de que cariz forem), estamos a ignorar o simples facto da teoria do caos; Todos os factores que nos rodeiam irão influenciar as nossas atitudes e, posto isso, somos livres de actuar, ou não, em conformidade com os sinais que recebemos. Ou seja, somos livres! Livres! E por isso viramos à direita se nos apetecer, mesmo que os demais estejam na expectativa que iremos virar à esquerda.
Quantos de nós já não nos sentimos debaixo de fogo porque terceiros têm demasiadas expectativas sobre nós?
Com isto não estou a dizer que não devemos criar expectativas com nada. Não! Posso ter a expectativa que o meu carro amanhã de manhã vai pegar; Criei as condições para tal (revisão feita, tem gasóleo, está na garagem e ainda é novo) e por isso existem 99% de probabilidades que pegue... Pois, não tem cérebro, logo, não vai por apetites. Mas quanto às pessoas, hum, o caso muda.
Passo a explicar e para isso criei uma fórmula:
Desejo + Expectativa = Pressão + Descontrolo = Desilusão/Surpresa = Risco
Isto é, se desejarmos que alguém actue de certa forma e criarmos essa expectativa, quer queiramos quer não, estaremos a pressionar tanto aquela como a nós próprios. A pressão leva ao descontrolo e, por conseguinte, podemos sair defraudados... Ou ter uma bela surpresa, vá. Ainda assim é irremediavelmente um risco. Além do mais, quem gosta de estar sob pressão?
Um belo exemplo é o Natal e a compra das prendas... Esperamos que a cara-metade acerte (certo senhoras?) porque acreditamos que lhe transmitimos todos os sinais. Criamos essa expectativa... Suamos, ansiamos, desejamos... Criamos pressão, em nós e nos outros. Depois, quem sabe... Desilusão/Surpresa = Risco! Que complicação.
Um belo exemplo é o Natal e a compra das prendas... Esperamos que a cara-metade acerte (certo senhoras?) porque acreditamos que lhe transmitimos todos os sinais. Criamos essa expectativa... Suamos, ansiamos, desejamos... Criamos pressão, em nós e nos outros. Depois, quem sabe... Desilusão/Surpresa = Risco! Que complicação.
Não seria melhor, mais descomplicado, mais simples, atribuirmos aos actos dos outros (desde que não nos magoem deliberadamente, é necessário dizê-lo) uma certa leveza? Não seriamos mais vezes positivamente surpreendidos? Se não esperarmos dos outros em demasia, seremos surpreendidos ou não... Mas ao menos não corremos o risco de ficar desiludidos.
Desejo - Expectativa = Controlo + Calma = Surpresa
Penso nisso e sei que por vezes não é fácil. Torna-se quase impossível... Apesar de tudo descomplico e sinto-me bem mais relaxado. Vale a pena, mesmo!
domingo, 2 de janeiro de 2011
Que seja tarde demais!
Extraio de mim um segredo, uma falta, um erro ou antes um resultado. Aqui to deixo. Era-me impossível pensar. Sofria do mal dos que não esquecem... Outrora romântico inveterado, jazia em tempos de crescimento, adaptação, perdição até. Sabia expressar-me mas não falar; Raciocinar mas não pensar; Partilhar mas não dizer. No entanto não me arrependo...sou Joshua, o tolo.
O que se deve dizer quando as palavras nos faltam, quando as certezas são raras mas ainda assim certezas? O que dizer quando se ama verdadeiramente? Amo-te? Não chega!
Digo aqui... Não, não digo, escrevo! Faço-o para que outros aprendam que a oportunidade espreita, mas está só disponível para os que estão preparados... Eu não estava.
Devia ter dito que te amava, que me eras tudo! Mais, muito mais que tudo, o meu centro, a minha razão. Que te queria dar as estrelas e delas fazer diamantes eternos. Que a tua beleza ofusca o mundo inteiro, o teu cheiro apaga os meus medos e os teus dedos me tocam minuto a minuto enquanto caminho. Devia ter-te escrito uma carta, sobre os teus olhos castanhos (...de encantos tamanhos...), mais meigos que uma pena, doces e suaves como bombons de Natal. Que te queria eternamente, sim! Que me fazias sorrir, rir, correr, acreditar, tu e só tu! Queria dar-te o Mundo, mostrar-te o Universo, levar-te onde os sonhos tocam a fantasia. Que eras a mulher mais linda, a mais perfeita, a mais bela. Que estaria ali, para ti e só para ti, para sempre. Eras-me tudo e de ti queria fazer a mulher mais feliz do Mundo inteiro. Devia ter-te dito que sim, que te amava.
Senti-o, só para mim, qual tatuagem invisível.
Que seja tarde demais! Que o destino te tenha levado para bem longe e não te traga de volta. Que sejas feliz, ainda que menos...
Vou dizê-lo agora, porque o tempo transporta, cura e ensina. Vou dizê-lo com a certeza que estou preparado, a alguém especial, que me vê e me sente... Não a ti, porque esse momento passou e outro chegou.
O que se deve dizer quando as palavras nos faltam, quando as certezas são raras mas ainda assim certezas? O que dizer quando se ama verdadeiramente? Amo-te? Não chega!
Digo aqui... Não, não digo, escrevo! Faço-o para que outros aprendam que a oportunidade espreita, mas está só disponível para os que estão preparados... Eu não estava.
Devia ter dito que te amava, que me eras tudo! Mais, muito mais que tudo, o meu centro, a minha razão. Que te queria dar as estrelas e delas fazer diamantes eternos. Que a tua beleza ofusca o mundo inteiro, o teu cheiro apaga os meus medos e os teus dedos me tocam minuto a minuto enquanto caminho. Devia ter-te escrito uma carta, sobre os teus olhos castanhos (...de encantos tamanhos...), mais meigos que uma pena, doces e suaves como bombons de Natal. Que te queria eternamente, sim! Que me fazias sorrir, rir, correr, acreditar, tu e só tu! Queria dar-te o Mundo, mostrar-te o Universo, levar-te onde os sonhos tocam a fantasia. Que eras a mulher mais linda, a mais perfeita, a mais bela. Que estaria ali, para ti e só para ti, para sempre. Eras-me tudo e de ti queria fazer a mulher mais feliz do Mundo inteiro. Devia ter-te dito que sim, que te amava.
Senti-o, só para mim, qual tatuagem invisível.
Que seja tarde demais! Que o destino te tenha levado para bem longe e não te traga de volta. Que sejas feliz, ainda que menos...
Vou dizê-lo agora, porque o tempo transporta, cura e ensina. Vou dizê-lo com a certeza que estou preparado, a alguém especial, que me vê e me sente... Não a ti, porque esse momento passou e outro chegou.
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